Go

18 setembro, 2019

Funcionários dos Correios suspendem paralisação temporariamente.

A greve dos Correios, deflagrada no dia 10/09/2019, teve seu caráter de paralisação temporariamente suspenso, com funcionários da empresa pública retomando suas funções. 

Entretanto, segundo os sindicatos representantes da categoria, a paralisação ainda é uma possibilidade e todos seguem em estado de atenção até que o pedido de reajuste de dissídio — uma exigência dos grevistas — seja julgado no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Segundo a assessoria de imprensa Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTEC), o “estado de greve” permanece. O termo, segundo a federação, é usado para determinar que as operações de uma companhia seguem funcionando, mas que a paralisação de todo o serviço é uma realidade bem próxima. 

Em outras palavras, não estão parados, mas podem rapidamente parar.

Os Correios aguardam o julgamento do dissídio pelo TST, o que deve ocorrer no dia 2 de Outubro.

A greve dos Correios começou no dia 10 de setembro após assembleia sindical realizada na noite anterior, quando foram mostradas discordâncias com certas informações e reajustes promovidos pela gestão da empresa. 

No centro da questão está o reajuste de salários para o ano que vem, bem abaixo da inflação anual, e a exclusão ou redução de benefícios dados aos trabalhadores. Além disso, os sindicatos protestam contra o que seria uma tentativa de enforcamento por parte do governo, que deseja minimizar custos e demonizar os Correios para facilitar o processo de privatização.

Entre as propostas que irritaram a classe está a de reajuste de apenas 0,8% nos salários, ao contrário dos 3,1% pedidos pela categoria. Os Correios também sugeriram a extinção do Vale Cultura e aumento nas mensalidades dos planos de saúde, bem como uma coparticipação dos funcionários no pagamento de tratamentos de saúde fornecidos pela cobertura dada pela estatal.

A possibilidade de privatização completa da empresa também é rechaçada pelos funcionários e grevistas. A proposta, que é vista com bons olhos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, parece ter atraído a atenção de gigantes do e-commerce, como Amazon e Alibaba. Até agora, porém, nada se mostrou concreto.
Fonte: Canaltech
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTE E COMPARTILHE. OBRIGADO!

Top Comentários

Widget by Elaine Gaspareto