(Foto:Ueslei Marcelino/Reuters)
Uma possível volta da ex-senadora e ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy ao Partido dos Trabalhadores está descartada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), um dos principais movimentos sociais de base social da sigla.
De acordo com reportagem do jornal E. de S.Paulo, em evento realizado nesse sábado dia 14/12/2019, em Guararema (SP), João Pedro Stédile, da coordenação nacional movimento, manifestou diante de lideranças petistas o descontentamento com uma possível volta de Marta ao PT.
“Marta não é bem-vinda (de volta ao PT)”, definiu Stédile.
Essa foi a primeira manifestação de um líder importante do partido, feita publicamente, pelo veto à volta de Marta ao PT. Na plateia do evento estavam o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos vice-presidentes da legenda, e Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.
Em 2015, Marta deixou o partido com um discurso ácido aos casos de corrupção envolvendo integrantes do partido, revelados nos escândalos do Mensalão e Lava Jato. À época, se filiou ao MDB sob o argumento de que queria combater a corrupção.
Em 2016, a então emedebista votou pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff, capitaneado pelo então presidente da Câmara, o hoje ex-deputado Eduardo Cunha, preso desde outubro de 2016 por condenação de corrupção. Após o impeachment de Dilma, Marta se incorporou à base de apoio de Michel Temer (MDB).
Porém, já há alguns meses, a ex-senadora, atualmente sem mandato, tenta uma reaproximação com o a esquerda depois de se desfiliar do MDB. O movimento foi bem visto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em uma entrevista disse que Marta foi a “melhor prefeita que São Paulo já teve”. Além dela, Luiza Erundina, hoje no PSOL, e Fernando Haddad, derrotado na eleição presidencial de 2018 também chefiaram o Executivo municipal paulistano filiados ao PT.
Sob respaldo de Lula, alguns líderes do PT tentaram articular a volta dela ao partido, mas a hipótese mais provável é que Marta se filie a outra legenda. Lula projeta uma chapa com a ex-prefeita como candidata a vice de Fernando Haddad.
Também integrante da coordenação nacional do MST, João Paulo Rodrigues afirmou ao jornal que o movimento aceitaria a presença de Marta em uma chapa com Haddad (que também é o preferido dos sem-terra). “Aliança é possível. Já votamos no (Mário) Covas contra o (Paulo) Maluf (na eleição para o governo de São Paulo em 1998), né?”, lembrou o líder sem-terra.
O veto do movimento a Marta aconteceu durante o encontro de fim de ano dos amigos do MST na Escola Nacional de Formação Florestan Fernandes, em Guararema (SP).
Informações: YahooPost: G. Gomes
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