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29 março, 2020

Ministro Mandetta defende isolamento e pede calma com uso de Cloroquina

Em coletiva na tarde deste sábado dia 28/03/2020, em que o Ministério da Saúde atualizou os números do novo coronavírus no Brasil, o ministro Luiz Henrique Mandetta fez um balanço dos 30 primeiros dias de combate à pandemia e pediu bastante calma com a hidroxicloroquina, remédio que tem sidomencionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem tomado como a salvação do problema.
“Cloroquina não é um medicamento que veio salvar a humanidade. É um estudo ainda incipiente. Existe uma pesquisa. Esse medicamento, se tomado de forma errada, pode dar arritmia cardíaca, pode paralisar o fígado. Podemos ter mais mortes por mau uso de medicamento do que pela própria virose”, afirmou o ministro.
Mandetta disse que o ministério tem dado apoio a um grupo que pesquisa sobre os efeitos da medicação contra o coronavírus, mas que hospitais foram permitidos a utilizar o remédio em casos graves de Covid-19. Em casos iniciais de gripe, o ministro ressaltou que não deve ser usado por causa dos efeitos colaterais pesados.

Sobre o isolamento social, Mandetta defendeu que não existe quarentena vertical ou horizontal, mas que é necessário conversar com governadores e secretários estaduais de saúde para entender melhor as situações e tomar as decisões de isolamento de forma conjunta.

Durante a coletiva, o Ministério da Saúde atualizou para 111 o número de mortes em decorrência do novo coronavírus, além de 3.904 casos. São nove mortes e quase 500 casos confirmados a mais em relação aos números divulgados na sexta.
Confira algumas das falas do Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta:

Diferença entre H1N1 e coronavírus
“Está cheio de fazedores de contas, de cálculos. A epidemia de H1N1 foi diferente, eu também enfrentei, tomei providências. Mas havia medicamento que todo mundo tinha à mão, existia perspectiva de vacina. Não há receita de bolo. Quem achar que é igual vai errar feio. Essa epidemia [de coronavírus] não é assim, não causou uma letalidade pro indivíduo, não é esse o nosso problema. Ah, só vai matar 5 mil, 10 mil, não é essa a conta. É um vírus que ataca o sistema de saúde, a sociedade como um todo. Logística, educação, uma série de estruturas no mundo. Não adianta pensar na sua estrutura municipal.”

Briga entre economia e saúde
“A saúde não é uma ilha. A economia é, sim, muito importante, pra saúde. Colocamos em discussão como serão as quarentenas porque a última vez que teve quarentena no Brasil foi em 1917, com a gripe espanhola. Ninguém tem esse parâmetro. Não é questão de apontar o dedo para o governador A, B ou C ou para o prefeito A, B ou C. A medida que tem que ser muito bem elaborada. Tem que garantir alimentos nas comunidades. A geladeira fica vazia. Se não tiver logística, como vai chegar alimento no supermercado? Vamos colocar, sim, alguns critérios necessários. Não vai ser o plano do ministro Mandetta, único. O SUS, vamos andar com as três pernas [União, estados e municípios]. Por isso, estamos discutindo com secretários municipais e estaduais pra chegar a um consenso. Vamos medir todo dia, onde a gente ver que pode estar perdendo a guerra, aperta. Juntos, vamos acertar, errar, dias bons, dias ruins. Estamos entendendo o tamanho do dano. Não no indivíduo, com certeza vamos ter muitas perdas. Vamos olhar pra trás e dizer: foi muito duro. Mas todo dia nasce gente, graças a Deus. É o ciclo da vida. Vamos poupar a vida de todos que pudermos. Ah, o ministro sai, não sai. Volto a repetir: vou ficar aqui enquanto o presidente permitir. Tem um quarto ali, se o povo tiver gripe, vamos ficar no quartinho ali, feito uma quarentena.”

Hidroxicloroquina
“Cloroquina não é um medicamento que veio salvar a humanidade. É um estudo ainda incipiente. Existe uma pesquisa. Esse medicamento, se tomado de forma errada, pode dar arritmia cardíaca, pode paralisar o fígado. Podemos ter mais mortes por mau uso de medicamento do que pela própria virose.”
Crítica merecida ao jornalismo
“O mundo sairá dessa sem vencedor, sem perdedor, mas reflexivo. Estamos no meio da quaresma, senhores cristãos, é um dever bíblico fazermos o melhor pra esse momento. Não temos todas as respostas. Podemos ser acusados no futuro de termos sobredimensionado ou subdimensionado a situação, podemos ser tachados de incompetentes, sabemos da nossa responsabilidade e não corremos dela. Vamos ficar juntos. Pedimos à sociedade: comporte-se. A primeira lei é a do bom senso. Desliguem um pouco a televisão. Reúna a sua família e converse. Se acalmem e vamos juntos”.
Informações: Ministério da Saúde
Via: Yahoo
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com.br

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