Foi
deflagrada na manhã de hoje dia 28 de Agosto de 2020 a Operação Tris in Idem, um
desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em
contratos públicos do governo do Rio de Janeiro. A ação autorizada pelo
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves inclui
o afastamento do governador Wilson Witzel por 180 dias.



Participam da operação procuradores do
Ministério Público Federal (MPF), policiais federais e auditores da
Receita Federal, para cumprir 17 mandados de prisão, sendo seis
preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão em endereços
ligados à cúpula do governo fluminense. Além do governador, estão entre
os investigados o vice-governador, Cláudio Castro e o presidente da
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerg), André Ceciliano.
Estão sendo cumpridos mandados no Palácio
Laranjeiras, no Palácio Guanabara, na residência do vice-governador, na
Alerj e em outros endereços nos estados do Rio de Janeiro, Espírito
Santo, de São Paulo, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais e no Distrito
Federal. Há, ainda, um endereço no Uruguai, local onde estaria um dos
investigados que teve prisão preventiva foi decretada.
A investigação aponta que a organização
criminosa instalada no governo estadual a partir da eleição de Witzel se
divide em três grupos, para o pagamento de vantagens indevidas a
agentes públicos liderados por empresários. Os grupos teriam loteado as
principais secretarias para beneficiar essas empresas.
Em outro inquérito, o ministro do STJ Jorge
Mussi autorizou 12 mandados de busca e apreensão no estado do Piauí,
relativos a um suposto esquema de funcionários fantasmas no governo
fluminense.
Propina
Segundo o MPF, o principal mecanismo dos grupos era o direcionamento de licitações de organizações sociais e a cobrança de um percentual sobre pagamentos das empresas fornecedoras do estado, feito mensalmente a agentes políticos e servidores públicos da Secretaria de Saúde. Entre as operações suspeitas está a contratação da Organização Social Iabas para gerir os hospitais de campanha montados para atender pacientes da covid-19.
Segundo o MPF, o principal mecanismo dos grupos era o direcionamento de licitações de organizações sociais e a cobrança de um percentual sobre pagamentos das empresas fornecedoras do estado, feito mensalmente a agentes políticos e servidores públicos da Secretaria de Saúde. Entre as operações suspeitas está a contratação da Organização Social Iabas para gerir os hospitais de campanha montados para atender pacientes da covid-19.
Foi apurado também que alguns deputados
estaduais podem ter se beneficiado de desvios de dinheiro de sobras dos
duodécimos do Poder Legislativo. Os valores eram depositados na conta do
Fundo Estadual de Saúde, de onde eram repassado para os Fundos
Municipais de Saúde de municípios indicados pelos deputados, de onde
recebiam de volta parte dos valores.
O MPF apura também suspeitas do uso do poder
judiciário para beneficiar os agentes públicos, por meio de um esquema
montado por um desembargador do Trabalho que beneficiaria organizações
sociais do grupo por meio do pagamento de dívidas trabalhistas
judicializadas.
A Procuradoria-Geral da República ofereceu
hoje (28) denúncia no caso de pagamentos feitos por empresas ligadas a
Mário Peixoto e da família de Gothardo Lopes Netto ao escritório de
advocacia da primeira-dama, Helena Witzel. Segundo a acusação, o esquema
transferia recursos indiretamente desses empresários para o governador.
Foram denunciados o governador Wilson
Witzel, a primeira-dama Helena Witzel, Lucas Tristão, Mário Peixoto,
Alessandro Duarte, Cassiano Luiz, Juan Elias Neves de Paula, João Marcos
Borges Mattos e Gothardo Lopes Netto.
Governo
Em nota, a defesa do governador Wilson Witzel informou que “recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”. Os advogados estão aguardando para ter acesso ao conteúdo da decisão “para tomar as medidas cabíveis”.
Informações: ebc
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Em nota, a defesa do governador Wilson Witzel informou que “recebe com grande surpresa a decisão de afastamento do cargo, tomada de forma monocrática e com tamanha gravidade”. Os advogados estão aguardando para ter acesso ao conteúdo da decisão “para tomar as medidas cabíveis”.
Informações: ebc
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