( Foto:
Valter Campanato/ Agência Brasil)
O
processo de regularização fundiária na Amazônia deve ser acelerado a
partir de Dezembro deste ano. A expectativa é que a regularização
alcance mais de 700 mil famílias de assentados e cerca de 200 mil
famílias que vivem em posses precárias na região.
As informações são do presidente do
Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Geraldo Melo Filho,
que, nesta segunda-feira dia 26 de Outubro de 2020 dia 26 de Outubro de 2020, foi o convidado do vice-presidente
Hamilton Mourão, no Programa Por Dentro da Amazônia, que vai ao ar
semanalmente na Rádio Nacional.
“Já fim do ano agora, nossas ações de
regularização fundiária estão sendo aceleradas e, ainda antes do final
do ano, as primeiras ações de campo estarão acontecendo na Amazônia com
força tarefa de trabalho em Rondônia e no Pará já com as primeiras
emissões de títulos acontecendo”, disse o presidente do Incra.
Com o título da terra em mãos, as
famílias passam a ter acesso a políticas públicas com o crédito e
assistência técnica. “É uma ação indutora de geração de riqueza para
essas famílias. Estamos tratando da região mais rica do país que, na
prática, tem as pessoas com o menor IDH [Índice de Desenvolvimento
Humano]. Não é condizente. Você tem uma riqueza natural enorme, mas as
pessoas não conseguem usufruir essas riquezas”, avaliou Geraldo Melo.
O vice-presidente Hamilton Mourão, que
também preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, lembrou que a
regularização fundiária traz benefícios, mas também deveres quanto a
preservação ambiental nas propriedades e responsabilização por
ilegalidades.
“A turma que desmatou ilegalmente não
vai receber título de terra, não. Então, tratem de replantar o que
derrubaram. A titulação da terra é um casamento, você vai receber um
papel que faz a união permanente com aquela terra que você está
habitando e passa a ser responsável por tudo que acontece nela. Não é só
o benefício, também tem aquilo que cada um de nós tem que fazer para a
preservação do meio ambiente”, disse Hamilton Mourão.
“A partir daí, chega financiamento e
assistência técnica, aí, ao invés de só ter menos de uma cabeça de gado
por hectare, a gente vai colocar cinco, seis, e a produtividade vai
aumentar, e a renda do nosso produtor rural também”, completou Mourão.
Para obter o registro da terra, é
preciso cumprir o Código Florestal, que exige 80% de preservação nas
propriedades rurais localizadas na região da Amazônia Legal. Com a área
regularizada, os proprietários terão de responder por eventuais
irregularidades, como queimadas ou desmatamento ilegal, que venham a
ocorrer nos terrenos.
Conselho da Amazônia
Está marcada para o dia 3 de novembro a
próxima reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal com a
participação de ministros para discutir temas relativos à preservação da
região.
Segundo Hamilton Mourão, a Operação
Verde Brasil 2 deverá ser prorrogada até abril de 2021. A operação foi
iniciada em maio com o objetivo de prevenir e reprimir delitos
ambientais na Amazônia Legal e seria encerrada em novembro
Via: ebc
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
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