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10 novembro, 2020

Decisão de interromper testes clínicos da Coronavac foi técnica.

 
  Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A interrupção do estudo clínico da vacina chinesa Coronavac determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nessa segunda-feira dia 09 de Novembro de 2020, foi uma decisão técnica por causa da falta de informações detalhadas sobre a pesquisa a cerca de um evento adverso grave não esperado. A informação é do diretor-presidente da agência, Antônio Barra Torres.

O motivo é que as informações veiculadas ontem foram consideradas pela área técnica insuficientes, incompletas, para que ontem fosse possível, de posse delas, continuar permitindo o desenvolvimento vacinal. Diante de informações incompletas, a área técnica só tem uma decisão a tomar quando está em sede de um evento adverso grave não esperado”, explica Antônio Barra, em entrevista coletiva à imprensa nesta terça-feira  dia 10 de Novembro.

Segundo Barra, diante de evento adverso grave não esperado em que, num primeiro momento, não é possível estabelecer uma correlação, o indicado é interromper o estudo até que tudo seja esclarecido para não se trabalhar em estado de dúvida.

Não é brincadeira atestar que uma vacina pode ser dada a uma pessoa, isso não pode ocorrer em sede de dúvida. E uma dúvida, para ser tirada, documentos precisos e completos devem ser enviados a nós. E isso não ocorreu”, afirma.

São considerados eventos adversos graves: óbito; evento adverso potencialmente fatal; incapacidade/invalidez persistente ou significativa; exige internação hospitalar do paciente ou prolonga a internação; anomalia congênita ou defeito de nascimento; qualquer suspeita de transmissão de agente infeccioso por meio de um dispositivo médico; e evento clinicamente significante. 
 
Decisão técnica
Barra explicou que a interrupção foi decidida pela Gerência Geral de Medicamento, uma área técnica da Anvisa. A medida é prevista pelas normas da agência e faz parte dos procedimentos de Boas Práticas Clínicas esperadas para estudos clínicos conduzidos no Brasil. A partir da decisão, nenhum novo voluntário poderá ser vacinado.

De acordo com a Anvisa, durante o estudo clínico não é incomum a ocorrência de interrupções como medida de segurança para manter a integridade dos voluntários.

Na coletiva, a agência informou que a posição de interromper os testes clínicos pode ser alterada quando as circunstâncias do evento adverso grave não esperado forem esclarecidas pelas fontes oficiais.

A decisão tomada ontem pela Gerência Geral de Medicamentos era a única a ser tomada em sede de dúvida para que, uma vez que se obtenha as informações necessárias, autoriza ou não o prosseguimento. Simples assim, não há nada além disso”, ressalta o diretor-presidente da Anvisa. 
 
Testes com a Coronavac
Em julho, a Anvisa autorizou o Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, a iniciar a fase três dos ensaios clínicos para testar a eficácia e a segurança da vacina chamada CoronaVac. Os voluntários são profissionais de saúde que trabalham no atendimento a pacientes com Covid-19.
Informações: Anvisa
Via: ebc
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com

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