
O primeiro ciclo do programa foi em Buenos Aires, em 2017. Em seguida, as startups brasileiras foram a Paris, Berlim, Miami, Boston, Lisboa, Santiago e Toronto. Já participaram negócios em áreas como biotecnologia, telemedicina, engenharia integrada, tecnologias químicas e tecnologia e sustentabilidade.
O coordenador-geral de Empreendedorismo Inovador e Novos Negócios, do Ministério da Economia, Rafael Wandrey, contou que o programa surgiu a partir do diagnóstico de que muitas startups brasileiras têm o potencial de atuar no exterior, mas perdem essa oportunidade. O Startout Brasil veio então com a missão de abrir as portas para a internacionalização.
“As startups, de maneira geral, estavam focando apenas no mercado doméstico, no mercado brasileiro, perdendo assim uma grande oportunidade de atuar internacionalmente. Muitas delas ainda não têm a capacitação necessária e as conexões para poder atuar e vender seus produtos no exterior. É isso que o programa traz”, afirmou.
Como funciona
Para participar, as startups precisam se inscrever para seleção na plataforma do programa. As selecionadas começam a receber capacitação ainda no Brasil sobre internacionalização, informações específicas sobre o mercado de destino, de como fazer negócios, como apresentar a solução e como fazer um estudo de mercado para identificar quais conexões seriam interessantes fazer na missão presencial.
Após essa fase, vem o ciclo de imersão do programa Startout Brasil em outro país, que dura uma semana, com uma agenda voltada à prospecção de clientes e investidores e à conexão a ambientes de inovação, visitas a aceleradoras, incubadoras e empresas locais, seminário de oportunidades e rodada de reuniões com prestadores de serviços.

Após o retorno ao Brasil, uma vez que a startup identifique que houve possibilidade de negócios, o programa continua oferecendo apoio para a internacionalização.
Quem pode participar
O Startout Brasil é destinado a startups brasileiras já estabelecidas
que estejam faturando, preferencialmente, acima dos R$ 500 mil ou que
tenham recebido algum tipo de investimento.
É importante que tenham uma equipe totalmente dedicada ao negócio,
fluência em inglês ou no idioma local e demonstrem capacidade de
expansão internacional sem comprometer as operações no Brasil.Programa premiado
Em 2020, o Ranking 100 Open Startups, que destaca anualmente as startups mais atraentes para o mercado corporativo e as empresas líderes mais engajadas no ecossistema de inovação, elegeu o programa Startout Brasil como Top 20 na categoria Ecossistema e 21 StartOuters como Top 10 nas áreas de atuação.
Em 2020, o Ranking 100 Open Startups, que destaca anualmente as startups mais atraentes para o mercado corporativo e as empresas líderes mais engajadas no ecossistema de inovação, elegeu o programa Startout Brasil como Top 20 na categoria Ecossistema e 21 StartOuters como Top 10 nas áreas de atuação.
O prêmio também destacou 11 empresas que participaram do programa na lista geral das 100 startups mais atraentes para o mercado corporativo.
O Startout Brasil é uma iniciativa dos ministérios da Economia, das Relações Exteriores, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
Ajuda na prática
Cada ciclo do programa é focado em um país. Atualmente, está em andamento o ciclo Bogotá-Medellín, ambas cidades da Colômbia. Leonardo Valença é CEO e fundador da startup ImMail de comunicação e colaboração corporativa, que participa deste ciclo. Ele conta que o programa chegou em um momento importante porque em 2019 a startup recebeu um investimento de um family office canadense e, por isso, teve que abrir uma empresa no Canadá e se posicionar como uma empresa global.
“Mas não tínhamos conhecimento para de fato fazer esse posicionamento e tivemos que buscar ajuda para conseguir internacionalizar a empresa. Foi então que descobrimos o programa Startout Brasil”, relatou Leonardo. “Pudemos passar por uma fase de pré-imersão, onde tivemos encontro com mentores, com potenciais parceiros, fizemos análise do produto, de toda a nossa documentação para que a gente pudesse fazer a imersão e, sendo selecionado de fato para imersão, a gente pudesse ir com muito mais consistência”, relatou.
“Acredito que, em que pese o Brasil ser um país de dimensão continental, temos muitas empresas com potencial global e que poderiam aumentar de forma significativa seu mercado consumidor. E programas como esse só vem a calhar para ajudar no desenvolvimento e capacitação dessas empresas para internacionalização”, avaliou o fundador da ImMail.
Informações: Ministério da Economia
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTE E COMPARTILHE. OBRIGADO!