
Ao ter a posse da área, provisória ou definitiva, as famílias passam a ter acesso a linhas de crédito para investimento em infraestrutura e custeio da atividade produtiva. Podem participar, também, de programas de assistência técnica e das políticas de apoio à comercialização e aquisição de alimentos.
Vale destacar que o título provisório, conhecido como Contrato de Concessão de Uso (CCU), garante à família o direito de residir, explorar e produzir em uma área de assentamento da reforma agrária. O assentado que recebeu o CCU não pode, no entanto, vender, arrendar ou transferir para terceiros a posse do lote.
O título definitivo, chamado de Título de Domínio, transfere o lote em definitivo para a família assentada, assegurando ao beneficiário a transmissão da área para os herdeiros. O Título de Domínio é inegociável pelo prazo de dez anos.
Qual a importância da regularização de terras?
O processo de titulação e de regularização dentro dos assentamentos de reforma agrária é, digamos assim, uma etapa que conclui o processo da reforma agrária em si.
O Programa Nacional de Reforma Agrária é
composto por várias etapas. Ele inicia lá no processo de desapropriação,
de assentamento das famílias, de instalação dessas famílias na terra,
da infraestrutura, de dar as condições de produção para aquelas
famílias, inicialmente, começarem a se instalar naquela terra. Mas ele
evolui para um processo de uma titulação provisória, inicialmente, que é
o que dá a garantia de que aquela família está regularmente assentada
naquele território; e, depois, por fim, com a titulação definitiva, com o
Título de Domínio, que é a garantia de que aquela terra é
definitivamente daquela família e faz parte do patrimônio daquele grupo
familiar.
Quem tem direito à regularização e quais são os critérios para definir assentamentos e beneficiários?
Para que uma família de assentados possa acessar o seu título definitivo de terra, ela precisa estar inserida dentro de um assentamento e cumprir alguns requisitos. Um membro da família precisa estar dentro da relação de beneficiários. Ele já tem que ter recebido o seu título provisório, que é uma grande carência, uma grande passiva ainda existente.
Ou seja, muitas famílias ainda não receberam sequer o
título provisório, que é o seu CCU. E o assentamento tem que estar
também em ordem. Ou seja, já tem que ter recebido a sua documentação em
nome do Incra, a parte do georreferenciamento. O Incra vai fazer um
trabalho que chama supervisão ocupacional e checar a regularidade
daquela família no enquadramento da lei. Com todas essas etapas
concluídas, o Incra então emite o seu título de domínio, e a família
oficialmente passa a ser a possuidora daquele lote de maneira
definitiva.
O que significa ter o título em mãos?
Para as famílias que vêm sendo tituladas, na prática, esse processo de regularização e de titulação significa a garantia desse direito reconhecido de maneira definitiva. É a certeza, a segurança de que aquele bem que essa família, por vezes, por décadas já está trabalhando, definitivamente pertence àquela família.
Para as famílias que vêm sendo tituladas, na prática, esse processo de regularização e de titulação significa a garantia desse direito reconhecido de maneira definitiva. É a certeza, a segurança de que aquele bem que essa família, por vezes, por décadas já está trabalhando, definitivamente pertence àquela família.
É herança dos filhos que está
ali materializada na forma daquele patrimônio, a liberdade, a garantia
daquele direito definitivamente nas mãos daquela família. Além disso, é a
inserção dessa família, desse grupo, desses assentados dentro de todo
um novo conjunto de políticas voltadas para o pequeno produtor agrícola.
Acesso a novas políticas de crédito, a um conjunto novo de políticas
que antes não eram acessíveis por não haver o título como instrumento de
garantia a ser oferecido para o sistema de crédito formal brasileiro.
Qual é a meta do Governo Federal de regularização de assentamentos?
O Governo tem como meta exatamente trabalhar junto com essas famílias de assentados, identificando quais famílias já estão em condições de receber os seus documentos, a trabalhar junto a elas na regularização e na emissão dos seus documentos.
Nós já emitimos, até agora, quase 160
mil documentos dentro de assentamentos; e temos uma meta até o final do
ano com, pelo menos, mais 50 mil documentos serem emitidos para
assentados. Isso vai garantir a eles uma expansão do acesso a crédito,
seja o crédito das linhas normais, de acesso de crédito de pequenos
produtores, seja ainda os créditos dos programas nacionais da reforma
agrária que não se extinguem com a titulação, sejam as linhas de crédito
de programa de habitação em assentamentos que estão em plena evolução.
Nós vamos passar das 10 mil unidades construídas dentro de assentamentos
também dentro do Programa Nacional de Reforma Agrária.
Informações: Incra
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Incra
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