Campeã mundial em 2018, prata na Paralimpíada do Rio de Janeiro dois anos antes, Alana superou a uruguaia Mariana Mederos, a croata Lucija Breskovic e a georgiana Ina Kaldani no caminho até a decisão, onde foi derrotada pela mexicana Lenia Alvarez. O duelo, de grande rivalidade, envolveu as duas judocas mais bem colocadas no ranking mundial da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, sigla em inglês).
"Foram duas competições muito importantes depois de mais de um ano sem lutar. Na primeira, em Baku [Azerbaijão, em maio], cheguei à final e conquistei o ouro. Agora é focar, ajustar e chegar em Tóquio para ser campeã paralímpica", comentou a brasileira, número um do mundo, ao site da Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV).
Destaque, também, ao combate 100% verde e amarelo entre Meg e Rebeca, pela semifinal da categoria acima de 70 kg, vencido pela primeira. Como cada país pode classificar para Tóquio somente uma judoca por peso, a luta foi uma espécie de confronto direto pelo posto de representante do Brasil. Na final, Meg, número três do mundo, foi derrotada pela italiana Carolina Costa, líder do ranking, enquanto Rebeca (quarta) garantiu o bronze ao superar a ucraniana Anastasiia Harnyk (sexta) na repescagem.
Já Wilians, sétimo do ranking mundial e segundo melhor judoca da classe B1 (cego total), caiu na semifinal da categoria acima de cem quilos para o georgiano Revaz Chikoidze, número três do mundo. Na repescagem, o brasileiro levou a melhor sobre o britânico Jack Hodgson (sexto) e garantiu o bronze.
"Só eu sei o que passei para estar aqui, a minha família, minha esposa. A perda do meu pai [Severino, no ano passado] foi um ippon [golpe de pontuação máxima no judô] que a vida me deu. Essa medalha aqui é para ele. Foi um ciclo conturbado, com duas cirurgias. Só pude participar de quatro competições das sete que valiam pontos para Tóquio. E saio daqui classificado. Para mim, é uma vitória muito grande", disse Wilians, também ao site da CBDV.
Outros três brasileiros competiram
neste domingo, sem medalhas. Na categoria até cem quilos, Antônio
Tenório perdeu na segunda luta da repescagem para o uzbeque Sharif
Khalilov. O tetracampeão paralímpico recupera a melhor forma após um
longo período de recuperação da infecção pelo novo coronavírus
(covid-19). Arthur Silva (até 90 kg) e Harlley Arruda (até 81 kg) também
não avançaram.
No sábado (19), Lúcia Teixeira conquistou a única medalha de ouro brasileira em Warwick, na categoria até 57 quilos. Em maio, no Grand Prix de Baku, a delegação brasileira também conquistou cinco pódios. A equipe retorna ao país e tem mais uma fase de treinamento em São Paulo, prevista para 11 a 20 de julho, antes da ida para o Japão.
Informações: ebc
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
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