De acordo com a empresa, a previsão inicial é que pelo menos um quarto dos usuários brasileiros já tenha acesso ao Shorts neste primeiro momento, e que, aos poucos, mais pessoas comecem a ter seus aplicativos atualizados. A expectativa é que a ferramenta esteja totalmente disponível no país entre duas e quatro semanas. Até então, somente a visualização deste conteúdo estava disponível.
E justamente por ser essa resposta ao TikTok e ao Reels, o funcionamento do Shorts segue a mesma lógica, ou seja, permitindo que o usuário faça pequenos clipes e montagens com outros vídeos para consumo rápido na própria plataforma. A principal diferença está na duração do material, que aqui chega a até um minuto, e nas ferramentas oferecidas para fazer essas colagens.
Segundo o diretor de produto do YouTube Shorts, Todd Sherman, o grande diferencial da novidade do Google é a facilidade que o usuário terá de reaproveitar conteúdos já existentes dentro dos serviços da empresa para criar algo novo. A partir do botão Criar, que será adicionado a praticamente todo vídeo do YouTube, o usuário do Shorts vai poder extrair um trecho para fazer suas próprias montagens em cima.
“Essa é a principal diferença do Shorts”, explica Sherman em relação à concorrência. “Estamos criando um ecossistema amplo, integrado com os demais vídeos do YouTube e com o YouTube Music. Isso significa que você pode usá-los e ainda fazer essa ligação com a fonte. É um tipo de conteúdo muito mais completo e estamos muito curiosos para ver como isso vai ser usado na prática”.
Segundo ele, a função Criar e a possibilidade de o espectador saber de onde aquele material foi retirado fazem com que o Shorts seja uma plataforma com alto poder de viralização, tanto para a montagem em si quanto para o material-base.
Como vai funcionar a monetização?
Já em relação à monetização do formato, Sherman disse que o modelo ainda está sendo estudado. “Os criadores de conteúdo olham para o YouTube como um lugar onde eles podem monetizar suas produções e isso é muito importante para nós. Só que esse é um novo modelo de negócio e, por isso, também precisamos criar e testar um novo modelo de monetização desses vídeos”, diz.
O gerente de produto lembra que, no caso de vídeos longos, é fácil adicionar comerciais que vão gerar receita para os canais, mas que isso ainda precisa ser melhor pensado e trabalhado em vídeos mais curtos e de consumo rápido.
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