De acordo com a companhia, houve uma redução "estatisticamente significativa" de casos graves ou mortes em pacientes não-hospitalizados que usaram medicamento na comparação com quem usou placebo.
No comunicado global sobre os resultados, a farmacêutica detalhou que um total de 90% dos participantes inscritos nos testes eram de populações com alto risco de progressão para covid-19 grave, incluindo aqueles com comorbidades, como câncer, diabetes, obesidade, doenças pulmonares, entre outras.
"O ensaio atingiu o desfecho primário, com uma dose de 600 miligramas (mg) de AZD7442 administrada por injeção intramuscular (IM), reduzindo o risco de desenvolver covid-19 grave ou morte (por qualquer causa) em 50% em comparação com o placebo em pacientes ambulatoriais com sintomas de sete dias ou menos".
O ensaio registrou poucos eventos adversos no braço dos pacientes. Foram 18 ocorrências entre 407 que tomaram o AZD7442 e 37 no braço de quem tomou placebo, de um total de 415. O LAAB foi geralmente bem tolerado no teste, enfatizou a companhia.
Testes
Segundo o comunicado, o teste foi
randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, e avaliou a segurança e
eficácia de uma dose única de 600 mg intra-muscular de AZD7442 em
comparação com um placebo. O ensaio foi conduzido em 96 locais,
como Brasil, República Tcheca, Alemanha, Hungria, Itália, Japão,
México, Polônia, Rússia, Espanha, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos
da América (EUA). Ao todo, envolveu 903 participantes, entre os que
receberam o medicamento e o placebo.
Os participantes eram adultos de 18 anos
mais que não estavam hospitalizados e tiveram com covid-19 nas formas
leve a moderada e sintomáticos há sete dias ou menos. Aproximadamente
13% dos participantes tinham 65 anos ou mais.
Tratamentos
A AstraZeneca é a empresa que produz a
vacina de mesmo nome, fabricada em parceria com a Universidade de
Oxford, e produzida no Brasil em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz.
Tem sido um dos imunizantes mais utilizados na campanha nacional de
vacinação.
Mene Pangalos, vice-presidente executivo de
produtos biofarmacêuticos da AstraZeneca, destacou a relevância dos
resultados obtidos.
“Esses resultados importantes para o AZD7442, nossa combinação de anticorpos de longa ação, somam-se ao crescente corpo de evidências para o uso desta terapia na prevenção e no tratamento de covid-19. Uma intervenção precoce com nosso anticorpo pode dar uma redução significativa na progressão para doença grave, com proteção contínua por mais de seis meses”.
Os resultados completos do ensaio clínico agora serão submetidos à publicação em uma revista médica, para revisão por outros cientistas. A AstraZeneca informou que também discutirá os dados com as autoridades de saúde. No último dia 5 de outubro de 2021, a empresa anunciou que havia apresentado um pedido à Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, equivalente à Anvisa no Brasil, para autorização de uso emergencial do AZD7442 na profilaxia de covid-19.
Informações: EBC
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
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