Quando
uma empresa brasileira vende seus produtos no mercado externo gera
empregos, diminui o custo da matéria-prima e, consequentemente, as
despesas com a fabricação das mercadorias, tornando-as mais competitivas
e aumentando a margem de lucro. Esses são alguns dos benefícios da
exportação.
E para ajudar a promover as exportações
brasileiras, o Governo Federal criou a Agência Brasileira de Promoção
de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ligada ao Ministério das
Relações Exteriores. A agência atua na divulgação dos produtos e
serviços brasileiros no exterior e busca atrair investimentos
estrangeiros para setores estratégicos. Atualmente são cerca de 15 mil
empresas em 80 setores da economia brasileira atendidos pela entidade.
O resultado da atuação da agência está
nos dados da balança comercial. Só no ano passado, mesmo com as
restrições impostas pela Covid-19 em todo o mundo, o Brasil bateu
recorde de exportações do agronegócio e no faturamento da indústria de
alimentos e bebidas, segmentos com vários setores apoiados pelos
projetos setoriais da ApexBrasil. “O agronegócio brasileiro exportou, em
2021, US$ 120 bi, US$ 20 bi a mais do que exportou em 2020. Isso é uma
demonstração clara e inequívoca de que os consumidores ao redor do
mundo, os importadores, veem no Brasil os produtos, alimentos e bebidas,
cada vez melhores, de ótima qualidade”, afirma o Gerente de
Agronegócios da ApexBrasil, Marcio Rodrigues.
Em faturamento com exportações, o
agronegócio registrou alta 18,4% e a indústria alimentícia, que engloba
alimentos e bebidas, 16,8%.
No segmento agropecuário, o país
registrou aumento de volume de 23% de algodão e 11% de carne suína. Além
disso, em receita, foi registrado crescimento de 25,7% nas exportações
de carne de frango, 20% de frutas e 9% de carne bovina.
“A ApexBrasil atua em cerca de 25
setores do agronegócio brasileiro articulando ações de forma
customizada, estruturada e organizada, fundamentada em muita
inteligência”, destaca Rodrigues.
A estratégia de promoção de vendas é
feita pela Agência por meio de ações de marketing e relações públicas,
além da participação das empresas integrantes das marcas em eventos
internacionais, como feiras de alimentos e bebidas.
Os produtos agropecuários brasileiros
chegam ao exterior com marcas criadas pela ApexBrasil em parceria com
entidades do setor. Assim, a carne de frango é exportada com a marca
Brazilian Chicken, os ovos in natura e processados com a inscrição
Brazilian Egg e Brazilian Pork para promoção da carne suína. Já para a
carne bovina foi criada a Brazilian Beef, que hoje é uma marca
consolidada responsável por 98% das exportações de carne bovina
brasileira.
“O Brasil vende para mais de 150 países
e o apoio da ApexBrasil, seja nos programas, nas atuações nas redes
sociais, seja na participação em feiras, seja ainda na inteligência
comercial emprestada para as empresas, foi importante e continua a ser.
Foi essencial esse apoio e parceria com a ApexBrasil e o Governo
Brasileiro para desenvolver e conseguir competitividade para manter essa
posição de protagonismo mundial”, ressalta Ricardo Santin, presidente
da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Outros resultados
Já as exportações de carne suína aumentaram 11% em volume, marcando também um novo recorde de 1,13 milhão de toneladas. Em receita, houve um aumento de 16,4% nas exportações, em relação a 2020.
Além disso, o Brasil manteve seu posto de maior exportador mundial de carne de frango e quebrou seu próprio recorde ao exportar 4,6 milhões de toneladas, um aumento de 9% no volume exportado em relação a 2020. A receita avançou 25,7%, com US$ 7,66 bilhões.
A indústria de carne bovina fechou o ano com faturamento de US$ 9,236 bilhões em exportação, 8,3% acima do obtido em 2020. Para 2022, a expectativa é faturar a marca histórica de US$ 10 bilhões.
Balança comercial
Em 2021, por exemplo, a balança comercial brasileira fechou o ano com superávit de US$ 61 bilhões. Isso significa que o país vendeu mais ao exterior do que comprou. O superávit é um ponto positivo na economia de um país, pois gera um lucro que deve ser usado para investir no próprio sistema econômico.
Quando ocorre o inverso, a compra de produtos de fora supera o que o país vendeu no mercado externo, ocorre o déficit. Quando esses casos ocorrem, o país acaba criando uma dívida, já que teve que enviar mais dólares ao exterior do que recebeu.
O equilíbrio acorre quando os valores de importação e exportação são equivalentes, deixando o saldo do país estável.
Em 2021, a soma das importações e das exportações brasileiras, chamada de corrente de comércio, chegou a US$ 499,8 bilhões, crescimento de 35,8% em relação a 2020. Foram US$ 280,4 bilhões em exportações e US$ 219,4 bilhões em importações.
A previsão inicial para 2022 é que as exportações alcancem o valor total de US$ 284,3 bilhões e as importações cheguem a US$ 204,9 bilhões, fechando o ano com um superávit de US$ 79,4 bilhões.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
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