CONCLUIDO O INQUERITO QUE APUROU O ESTUPRO E A MORTE BRUTAL DA ENFERMEIRA ANGELA
A Delegacia de Homicídios de Ji-Paraná concluiu o Inquérito que apurou a morte e estupro da enfermeira Angela Maria, 51, que havia desparecido na noite do dia 5 de janeiro passado.
Seu convivente chegou em casa após seu dia de trabalho, em torno de 20:00 horas e percebeu a porta aberta e o ventilador ligado. Não havia sinais de luta e a motocicleta dela estava na casa.
Ele – o convivente - logo foi conversar com o vizinho V. F., 30, o qual fora a ultima pessoa que teve contato com a desaparecida. V. F. ficou à tarde na casa de Ângela, efetuando um serviço de selagem de móveis.
V. F. não atendeu.
O convivente soou o alarma na família e outros familiares vieram.
Iniciaram uma procura incessante nas imediações.
Novamente, foram à casa de V.F. Dessa vez, ele atendeu. Disse que nada sabia sobre o paradeiro de Angela. Porém, disse que uma mulher desconhecida, num carro prata, veio procura-la, insinuando que poderiam ter saído juntas no veículo. Todavia, ele veio para casa quando elas conversavam e não viu mais nada.
Outros vizinhos, perguntados sobre esse carro, disseram desconhecer a vinda de veículos ali. O lugar é ermo, loteamento novo, com poucas casas em construção. Todos conhecem todos. Ninguém viu o tal carro.
Surgiu a dúvida razoável de que V. F. poderia estar mentindo (o que se revelou verdadeiro mais tarde).
Assim, quando ele foi despertado no raiar do dia, chamado novamente pelos familiares, disse que iria trabalhar no Mato Grosso, que a camioneta do patrão já o viria buscar.
Isso soou novamente o alarma. Os familiares, então, não o podendo impedir fotografaram seus documentos e gravaram um vídeo do que ele dizia.
Depois disso, na manhã do dia 6, compareceram na Delegacia e registraram a ocorrência do desaparecimento.
No inicio da tarde deste mesmo dia 6, o pai de V. F., que é o dono da casa onde ele mora, finalmente apareceu com as chaves da residência. O pai de V. F. e o convivente de Angela entraram na casa, quando o convivente encontrou, dentro do guarda-roupas, sem calcinha, o cadáver de sua mulher.
A necropsia detectou diversos ferimentos no corpo da vítima, especialmente nos joelhos (como se estivesse ajoelhada) e na região do pescoço (esganada). A causa da morte foi asfixia, que é uma morte causada com agonia.
Foi retirado liquido vaginal e o exame detectou que houve relações sexuais. Havia esperma ali.
O Delegado que preside as investigações, Luis Carlos Hora, representou pela prisão temporária, que foi deferida. Então, policiais militares de Rondolândia, Estado Mato Grosso, foram até a fazenda onde V. F. estava e o prenderam.
Quando foi ouvido na Delegacia de Homicidios, V. F. disse que foi ela foi até a casa dele, mas não se lembra de tê-la atraído para lá, como também não se lembra que a estuprou e a matou de maneira violenta.
Justificou seu esquecimento dizendo que tinha ingerido uma garrafa inteira de vodca e dez pedras de craque. Disse ainda que escondeu o corpo porque estava com medo de ser morto pelos familiares de Angela.
O Delegado Luís Carlos Hora conclui que a versão é mentirosa. Não foi encontrada nenhuma garrafa de vodca na casa, nem sinais de uso de craque. O craque deixa a casa com fedor característico, que não havia lá. Também não foi encontrado cachimbo nem a parafernália que os usuários utilizam para usar a droga.
É ainda mentirosa a versão porque a vodca associada ao craque tem efeito estimulante do cérebro. Craque é um tipo de cocaína. Então, se ele tivesse ingerido estas drogas, ele estaria “ligadão” e não se esqueceria de nada.
Finalizou o Delegado dizendo que V. F. atraiu a vítima fraudulentamente para sua casa, dizendo que tinha uma pia para vender (Angela estava construindo).
Quando ela foi até lá, ele a estuprou. Não tem sentido que ela fosse se relacionar com ele, mesmo porque ela morou bastante tempo sozinha ali e ele também. Nunca tiveram relacionamento amoroso, conforme o próprio V. F. disse. E, afinal, se ela tivesse consentido, não teria sentido matá-la.
V. F. estuprou e matou e tudo que disse é mentiroso.
Assim foi indiciado por estupro qualificado pelo resultado morte. Foi também indiciado por ocultação de cadáver.
A pena do estupro com resultado morte vai de 12 a 30 anos.
A pena da ocultação do cadáver vai de 1 a 3 anos.
Tinha 51 anos de idade a vitima.
Tinha 30 anos de idade Infrator.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTE E COMPARTILHE. OBRIGADO!