O
número de brasileiros querendo morar e trabalhar nos Estados Unidos da
América (EUA) não para de crescer. É o que aponta um levantamento do
escritório de advocacia AG Immigration, com informações obtidas no
Departamento de Segurança Interna do país. Os números revelam que 23.596
cidadãos do Brasil receberam o documento americano de residência
permanente – o chamado green card – em 2022: alta de 28,5%
sobre o ano anterior e o maior volume da série histórica. Com isso, o
Brasil foi o nono país que mais recebeu o documento. O ranking é
liderado por México (138 mil), Índia (125 mil), China (68 mil),
República Dominicana (39 mil) e Filipinas (36 mil).
De acordo com o CEO da AG Immigration, Rodrigo Costa, os dados reforçam o movimento de fuga de cérebros que já vinha sendo observado no Brasil nos últimos anos. “Os três maiores volumes anuais de emissão de green cards foram registrados justamente de 2019 para cá”, explicou. “E não é improvável que um novo recorde seja atingido agora em 2023”.
Na avaliação do executivo, o fenômeno de fuga de cérebros é explicado por dois motivos principais: a escassez de mão de obra nos EUA, que inflaciona salários e estimula a contratação de imigrantes, e a deterioração político-econômica do Brasil na última década, “que muitas vezes provoca um sentimento de desesperança na população”. O maior número de green cards emitidos para brasileiros havia sido em 2019 (19,8 mil).
Naturalização
O levantamento revelou ainda que a quantidade de brasileiros que obtiveram a cidadania americana também bateu recorde em 2022. Ao todo, foram 12.983 naturalizações, leve aumento de 5,7% sobre as 12.448 de 2021 – até então, a máxima histórica. O Brasil foi o 19º país que mais teve nacionais obtendo a cidadania dos EUA, atrás de México (127 mil), Índia (64 mil), Colômbia (17 mil), Irã (14 mil) e Bangladesh (13 mil), por exemplo.
O levantamento revelou ainda que a quantidade de brasileiros que obtiveram a cidadania americana também bateu recorde em 2022. Ao todo, foram 12.983 naturalizações, leve aumento de 5,7% sobre as 12.448 de 2021 – até então, a máxima histórica. O Brasil foi o 19º país que mais teve nacionais obtendo a cidadania dos EUA, atrás de México (127 mil), Índia (64 mil), Colômbia (17 mil), Irã (14 mil) e Bangladesh (13 mil), por exemplo.
Em geral, um estrangeiro pode naturalizar-se cidadão americano após cinco anos com o green card, desde que a maior parte deste tempo tenha sido passada em solo americano. “Quando a pessoa recebe a residência permanente, ela tem que, de fato, morar no país. Caso contrário, o benefício pode ser revogado”, explica o CEO da AG Immigration.
Ele destaca também que, embora haja
dificuldades na adaptação de alguns brasileiros à cultura americana, a
grande maioria opta por ficar nos EUA, dadas as melhores condições de
trabalho, renda e segurança. “Além disso, com a cidadania, o brasileiro
ainda pode patrocinar a vinda de familiares, que apenas como residente
permanente ele não conseguiria trazer para cá”, diz Costa, que desde
2008 vive na Flórida.
De acordo com outro levantamento, com base em números oficiais do Departamento de Trabalho americano, o Brasil ocupa a sétima posição entre os países que mais tiveram cidadãos indo trabalhar nos EUA. Ao todo, 865 brasileiros foram contratados por empresas americanas no ano fiscal passado. Lideraram o ranking Índia (22.967), China (4.039), México (1.779), Filipinas (1.039), Canadá (1.001) e Coreia do Sul (945). Em média, os brasileiros contratados nos Estados Unidos receberam um salário anual de US$ 72 mil – o equivalente a R$ 30 mil por mês, na cotação atual de cinco reais para cada dólar.
Os menores salários identificados pela pesquisa foram para o cargo de
babá (R$ 7.314 por mês), auxiliar de limpeza (R$ 7.384) e preparador de
comida (R$ 7.800). A maior remuneração foi para um cardiologista
contratado por uma clínica médica, com R$ 208.333 mensais. Em geral, os
maiores salários entre os brasileiros foram para profissionais da
medicina, administração, engenharia e economia.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: AG Immigration
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Informações: AG Immigration
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