Segundo a ONU, a cada 4 segundos, um bebê morre precocemente no mundo.
Uma dessas causas é a síndrome da morte súbita infantil, também chamada
de síndrome da morte súbita do lactente (SMSL). Conforme sugere um
estudo publicado no periódico Journal of Neuropathology & Experimental Neurology, o segredo por trás da doença pode ser os receptores de serotonina.
A serotonina é um dos neurotransmissores, a química produzida pelo cérebro. É produzida em uma região do cérebro chamada de núcleo da rafe, sintetizada em pontos específicos, e depois espalhada para várias regiões.
No estudo, os pesquisadores identificaram uma anormalidade do tronco cerebral que afeta os receptores de serotonina, o que pode —juntamente com outros fatores biológicos e ambientais — aumentar o risco da doença.
Até então, a causa exata da condição que tanto preocupa a comunidade da pediatria é desconhecida, apesar do grande número de pesquisas na área. Para o novo estudo, coletaram e analisaram o tecido do tronco cerebral de 70 bebês falecidos, 58 deles por conta da morte súbita e 12 deles por outras causas.
Ao comparar os tecidos, a equipe notou diferenças em como a serotonina se liga aos receptores 5-HT 2A/C, associados a uma função protetora durante o sono. Os autores do artigo estimam que essas anormalidades podem levar a falhas em vários sistemas vitais respiratórios, cardiovasculares e autônomos do tronco cerebral.
Mas os pesquisadores ressaltam que, embora tenham identificado anormalidades no receptor de serotonina 2A/C na síndrome, a relação entre as anormalidades e a causa da morte permanece desconhecida. "Ainda há muito trabalho para determinar a consequência de anormalidades neste receptor", aponta o grupo.
Como prevenir a síndrome da morte súbita infantil?
Por enquanto, as únicas diretrizes que se tem como uma forma de prevenir a síndrome da morte súbita de bebês é ajudá-los a dormir com segurança: em uma superfície plana, sem travesseiros, almofadas e brinquedos macios por perto, sem que a cabeça fique coberta. O CDC (órgão de saúde dos EUA) também orienta a não beber álcool nem fumar durante a gravidez ou perto do recém-nascido.
Os especialistas da área apontam que alguns fatores de risco para a síndrome da morte súbita infantil incluem:
- Dormir de bruços (sendo esse o fator mais significativo)
- Crescimento insuficiente
- Estar abaixo do peso
- Aquecimento excessivo (devido ao uso de cobertores ou à temperatura do quarto)
- Pausas na respiração durante o sono (apneia)
- Maus cuidados pré-natais
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