Quase
um ano após o governo Lula assumir, a situação dos índios Yanomami só piorou, mesmo colocando em prática uma algumas ações emergenciais através das Forças de Segurança para fazer frente a crise humanitária que se abateu sobre a
Terra Indígena Yanomami, o Ministério da Saúde revelou, nesta
quinta-feira dia 11 de Janeiro de 2024, que ainda há na região locais onde o garimpo não
permite aos profissionais de saúde atuar “com a segurança necessária”.
A manifestação ministerial consta em nota que a pasta divulgou em resposta a notícias publicadas ontem (10/01/2024), sobre o recente socorro prestado a crianças yanomami desnutridas.
“Sobre as imagens divulgadas por veículos de imprensa, trata-se de um resgate de três crianças em situação de desnutrição feito por profissionais do Ministério da Saúde em uma comunidade na fronteira com a Venezuela, em uma operação de alto risco devido à presença de garimpeiros”, informou o ministério, acrescentando que, devido à falta de segurança, a ação teve que ser realizada rapidamente.
“Esse é um dos locais onde o garimpo não permite a segurança necessária para a entrada de profissionais de saúde”, acrescentou a pasta, destacando que, apesar disso, as ações que o governo federal implementou na região durante o ano de 2023 já permitiram que seis polos-base que estavam fechados devido a “ações criminosas” fossem reabertos, permitindo que 307 crianças diagnosticadas com desnutrição grave ou moderada fossem atendidas e se recuperassem.
Emergência
No próximo dia 20/01/2024, fará um ano que o ministério decretou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional com o objetivo de restabelecer os serviços de saúde e socorrer parte dos cerca de 30,4 mil yanomamis que vivem espalhados pela maior terra indígena do Brasil – com cerca de 9,6 milhões de hectares, a reserva abrange parte do território de Roraima e do Amazonas. Cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial.
Homologado em 1992, o território de usufruto exclusivo yanomami segue sofrendo com a ação ilegal de garimpeiros e madeireiros cujas atividades destroem o meio ambiente e favorecem a disseminação de doenças entre os indígenas. Situação que, no início do ano passado, culminou com a comoção suscitada pelas imagens de crianças e adultos yanomamis desnutridos e pela informação de que centenas de crianças indígenas morreram, no interior da reserva, por desnutrição e outras causas evitáveis.
Em resposta, além de decretar Emergência em Saúde Pública, o governo federal instituiu um Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária e determinou a suspensão de autorizações de ingresso à terra indígena. A Força Aérea Brasileira (FAB) intensificou o controle aéreo na região, limitando a área de voos, enquanto órgãos ambientais e as forças de segurança pública deflagraram ações conjuntas de combate ao garimpo e à extração de madeira.
No balanço que divulgou hoje, o Ministério
da Saúde afirma que ampliou de 690 para 960 o número de profissionais
atuando no território yanomami, incluindo a contratação de 22
nutricionistas, e realizou mais de 140 mil exames para detecção de
malária. A pasta também assegura que investiu mais de R$ 220 milhões
para reestruturar o acesso à saúde dos indígenas da região – valor que
afirma ser 122% superior ao investido em 2022 – e, com o apoio do Fundo
das Nações Unidas para a Infância (Unicef), distribuiu cerca de 5
toneladas de fórmulas nutricionais às comunidades locais.
Fome e desnutrição
s noticias quem chegam dessas terras indígenas não são nada animadoras, pois sabe-se que o povo Yanomami para por muitas dificuldades, como fome, falta de tratamentos de saúde, ameaças por garimpeiros e até narcotraficantes provocando assim o atual estado de penúria desse povo da Amazônia.
Nesta quarta-feira (10/01/2024), um grupo de ministros e representantes de vários órgãos federais estiveram na Terra Indígena Yanomami
a fim de inspecionar a situação. A visita ocorre um dia após o Palácio
do Planalto anunciar que, este ano, pretende investir R$ 1,2 bilhão no
território yanomami. A proposta federal é implantar, de forma
permanente, uma Casa de Governo na região e concentrar a atuação permanente dos órgãos federais na segurança e acesso a políticas públicas pelos indígenas.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Ministério da Saúde
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