Líderes
religiosos, como pastores e ministros, deixarão de ter isenção
tributária sobre os salários. A Receita Federal editou ato declaratório
que reverteu decisão do governo anterior. A medida foi publicada nesta quarta-feira dia 17 de Janeiro de 2024 no Diário Oficial da União.
Assinado pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, o ato declaratório suspende o benefício concedido pelo ex-secretário especial do órgão Julio Cesar Vieira Gomes, pouco antes do início da campanha eleitoral de 2022. Segundo o Fisco, a reversão da isenção tributária seguiu determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
O ato declaratório representa uma
interpretação da Receita Federal sobre a aplicação de normas fiscais.
Segundo o TCU, a isenção é considerada atípica porque não foi analisada
pela Subsecretaria de Tributação da Receita.
Segundo o ato cancelado, “serão consideradas
remuneração somente as parcelas pagas com características e em
condições que, comprovadamente, estejam relacionadas à natureza e à
quantidade do trabalho executado, hipótese em que o ministro ou membro,
em relação a essas parcelas, será considerado segurado contribuinte
individual, prestador de serviços à entidade ou à instituição de ensino
vocacional”.
O ex-secretário especial Julio Cesar foi exonerado da Receita Federal em junho do ano passado, após sair à tona o envolvimento dele no caso da liberação de joias dadas de presente por governos estrangeiros ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Quando comandava o órgão, Julio Cesar assinou o despacho que pedia aos auditores da Receita no Aeroporto de Guarulhos que entregassem um conjunto de joias presenteadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente em 2022. A defesa de Bolsonaro nega qualquer irregularidade.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ebc
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