A divulgação de dados de aquecimento das
economias norte-americana e brasileira provocou tensões no mercado
financeiro. O dólar aproximou-se de R$ 5 e fechou no maior nível do ano.
A bolsa caiu quase 1% e praticamente anulou os ganhos da semana.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira
dia 15 de Março de 2024 vendido a R$ 4,997, com avanço de R$ 0,011 (0,22%). A cotação
oscilou bastante durante a manhã, alternando momentos de alta e de
estabilidade, mas subiu de forma consistente durante a tarde. Na máxima
do dia, por volta das 10h30, atingiu R$ 5(Cinco Reais).
Com o desempenho desta sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,34% na semana e acumula ganho de 0,5% em março. Este ano, a divisa sobe 2,97%.
Bolsa
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela turbulência. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 126.742 pontos, com recuo de 0,74%, pressionado principalmente por ações de mineradoras, afetadas pela queda no preço internacional do minério de ferro, e de empresas ligadas ao consumo. O indicador encerrou a semana com perda de 0,26%.
Tanto fatores internos como externos
influenciaram o mercado financeiro. Nos Estados Unidos, a inflação ao
produtor ficou mais alta que o esperado e as vendas no varejo aceleraram
em fevereiro. O aquecimento da economia reduz as chances de que o
Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) comece a reduzir os
juros da maior economia do planeta em junho. Taxas altas em economias
avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes.
No Brasil, a divulgação de que a geração de empregos dobrou em relação a janeiro do ano passado e de que o setor de serviços cresceu além do previsto ajudaram a segurar o dólar, mas afetaram a bolsa.
Um eventual aquecimento da economia brasileira aumenta as chances de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) interromper o corte da Taxa Selic (juros básicos da economia) após a reunião de Maio. Juros altos no Brasil ajudam a segurar a pressão sobre o câmbio, mas estimulam a migração de investimentos da Bolsa de valores para investimentos em renda fixa, como títulos públicos.
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