Os
professores das universidades federais, institutos federais e centros
federais de educação tecnológica iniciaram uma greve nacional nesta
segunda-feira dia 15 de Abril de 2024. Os trabalhadores rejeitaram a proposta apresentada
pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos na última
Mesa Setorial Permanente de Negociação, ocorrida quinta-feira (11/04/2024).
De acordo com o Sindicato Nacional dos
Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes), a proposta
apresentada pelo governo federal foi de reajuste salarial zero, com
aumentos apenas no auxílio alimentação, que passaria de R$ 658, para R$
1000; no valor da assistência pré-escolar, de R$ 321,00 para R$ 484,90,
além de 51% a mais no valor atual da saúde suplementar.
A proposta foi rejeitada em reunião com a participação de 34 seções sindicais do setor, que também votaram pelo movimento paredista resultando em 22 votos favoráveis, sete contrários e cinco abstenções.
Na pauta nacional unificada, os docentes pedem reajuste de 22,71%, em três parcelas de 7,06%, a serem pagas em 2024, 2025 e 2026. Também estão na pauta a revogação da portaria do Ministério da Educação 983/20, que estabelece aumento da carga horária mínima de aulas e o controle de frequência por meio do ponto eletrônico para a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A revogação do Novo Ensino Médio e da Base Nacional Comum para a Formação de Professores (BNC-Formação) também estão em discussão.
O Comando Nacional de Greve (CNG) será instalado hoje (15/04/2024) às 14h30, em reunião na sede do Andes, em Brasília, e, às 16h, o movimento paredista participará também de uma audiência pública, na Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, para debater as mobilizações e paralisações das servidoras e dos servidores técnico-administrativos de universidades e institutos federais.
Na terça-feira dia 16 de Abril de 2024, até o dia 18 de Abril, o
movimento dará início à Jornada de Luta “0% de reajuste não dá!”,
convocada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos
Federais (Fonasefe). Está prevista ainda a realização de uma semana de
atividades locais nas instituições entre 22 e 26 de Abril.
Em nota, o Ministério da Gestão informou que, além de formalizar a proposta apresentada na última quinta-feira, também foi assumido o compromisso de abrir, até o mês de julho, todas as mesas de negociação específicas de carreiras solicitadas para dar tratamento às demandas e produzir acordos que sejam positivos aos servidores.
De acordo com o órgão, já há dez mesas tratando de reajustes para a educação com acordos consensualizados e oito estão em andamento. Além disso, foi criado um grupo de trabalho para tratar da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). “O relatório final do GT, entregue no dia 27/3 à ministra da Gestão, Esther Dweck, servirá como insumo para a proposta do governo de reestruturação da carreira, que será apresentada aos servidores na Mesa Específica de Negociação.”
A nota conclui que a pasta segue aberta ao diálogo com os servidores da área de educação e de todas as outras áreas, “mas não comenta processos de negociação dentro das Mesas Específicas e Temporárias.”
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Andes
Via: ebc
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Informações: Andes
Via: ebc
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