O
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
autorizou nesta segunda-feira dia 27 de Maio de 2024 o depoimento do delegado da Polícia
Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso em função das
investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.
Pela decisão, a Polícia Federal terá prazo
de cinco dias para realizar a oitiva. Moraes ressaltou no despacho que
os investigadores deverão assegurar o direito ao silêncio e a garantia
de não incriminação.
Na semana passada, o delegado fez um pedido escrito à mão para ser ouvido pela PF. Ao ser intimado a responder à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Rivaldo pediu "pelo amor de Deus " e "por misericórdia" para prestar depoimento. Ele está preso no presídio federal em Brasília.
Além do delegado, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro Domingos Brazão e o deputado federal (União-RJ) Chiquinho Brazão foram denunciados ao Supremo pela PGR por homicídio e organização criminosa. Todos estão presos por determinação de Moraes pelo suposto envolvimento no assassinato da vereadora.
Segundo as investigações, o ex-chefe da
Policia Civil deu orientações, a mando dos irmãos Brazão, para
realização dos disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Após a apresentação da denúncia, a defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato e que apontou o delegado e os irmão Brazão como participantes do crime.
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