Com o aeroporto internacional de Porto Alegre fechado por tempo indeterminado,
a Base Aérea de Canoas, na região metropolitana da capital gaúcha, se
transformou no principal centro logístico de apoio às operações de
atendimento e resgate das vítimas das enchentes no estado. É por ali que
chegam donativos e mantimentos, equipes de resgate, além do controle do
tráfego aéreo.
Por causa da alta demanda, o general Marcelo
Guedon, do Exército Brasileiro, afirmou, durante reunião da sala de
situação do governo federal, nesta segunda-feira (6/05/2024), que o pátio da
base, que "tem capacidade limitada" para grandes aeronaves, não teria
capacidade de centralizar toda o logística envolvida na operação,
especialmente em relação aos donativos que começam a chegar em grande
quantidade. Ele sugeriu a descentralização das entregas por outros
aeroportos regionais do estado.
"Não seria interessante centralizar totalmente em Canoas [a chegada de donativos] que, com isso daí, vai praticamente inviabilizar a operação [de resgate]. E a gente mantém 11 ou 12 aeroportos que atendem a parte oeste do RS, parte do Sul, como Bagé e Pelotas, e a parte central, que é nossa maior dificuldade", afirmou.
Neste segunda-feira (6/05/2024), a aeronave KC-30, da Força Aérea Brasileira (FAB), chegou em Canoas com cerca de 18 toneladas de mantimentos doados.
Segundo o militar, o trabalho integrado de militares e civis no auxílio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul resultou, até o momento, no resgate de 46 mil pessoas. Ao todo, foram 5 salvamentos aéreos. Há mais de 10,3 mil militares envolvidos na operação, cerca de 42 aeronaves, mais de 1,1 mil viaturas e cerca de 250 embarcações.
Levantamento dos estragos
Na abertura da reunião, o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que as diferentes pastas devem trabalhar com o levantamento das demandas de reparação e reconstrução, que deverão começar por escolas, creches, unidades de saúde e hospitais. Esse trabalho está sendo feito paralelamente aos esforços de resgate.
"Nós vamos ter que levantar aquilo que será
preciso fazer, seja de execução direta, seja de atendimento ao estado e
municípios. São ações restritas a questões vinculadas à calamidade. A
partir de quarta [8], a gente vai passar a se dedicar cada vez mais a
esse atendimento", disse o ministro, mencionando a necessidade de
elaboração de projetos.
De acordo com Costa, equipamentos públicos, como escolas e hospitais, além residências, deverão ser reconstruídos fora de áreas alagáveis, e projetos de obras como pontes deverão considerar largura e extensão fora do alcance das enchentes.
De acordo com Costa, equipamentos públicos, como escolas e hospitais, além residências, deverão ser reconstruídos fora de áreas alagáveis, e projetos de obras como pontes deverão considerar largura e extensão fora do alcance das enchentes.
Tragédia
Boletim mais recente da Defesa Civil aponta que as chuvas e enchentes já resultaram na morte de 85 pessoas no Rio Grande do Sul. Há 134 desaparecidos e 339 feridos. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram afetadas, de acordo com autoridades, como falta de luz e desabastecimento de água. Mais de 153 mil pessoas estão desalojadas de casa e 47,6 mil em abrigos públicos. Dos 497 municípios gaúchos, 385 sofreram algum impacto dos temporais.
Boletim mais recente da Defesa Civil aponta que as chuvas e enchentes já resultaram na morte de 85 pessoas no Rio Grande do Sul. Há 134 desaparecidos e 339 feridos. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram afetadas, de acordo com autoridades, como falta de luz e desabastecimento de água. Mais de 153 mil pessoas estão desalojadas de casa e 47,6 mil em abrigos públicos. Dos 497 municípios gaúchos, 385 sofreram algum impacto dos temporais.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ebc
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