O Exército vai refazer as passarelas
flutuantes para pedestres que foram instaladas em rios do Vale do
Taquari, no Rio Grande do Sul. O estado enfrenta a maior tragédia climática de sua história, atingido por chuvas e enchentes desde o fim do mês de Abril.
As pontes originais foram destruídas com as
correntezas provocadas pelas primeiras chuvas e o Exército improvisou as
passadeiras – como são chamadas as travessias improvisadas com
passarela de madeira sobre botes. Essas passadeiras, por sua vez,
cederam com as fortes chuvas da última quinta-feira dia 23 de Maio de 2024.
“Menos de 24 horas depois do rompimento de três passarelas flutuantes, unidades de Engenharia do Exército mobilizaram-se rapidamente e já enviaram novas estruturas para a substituição e garantia do bem-estar da comunidade”, informou o órgão.
As novas travessias vêm de unidades militares de São Borja (RS), Tubarão (SC) e Palmas (PR) e serão instaladas assim que as condições de segurança dos rios e climáticas permitirem. O rompimento ocorreu nas passadeiras entre Lajeado e Arroio do Meio, localizadas no Rio Forqueta; e em Candelária, no Rio Pardo.
Durante a manhã deste sábado dia 25 de Maio de 2024, o
Exército realizou a preparação da margem do Rio Forqueta para o acesso
de pedestres e embarcações. Ao meio-dia, os militares iniciaram a
travessia dos moradores em botes, restabelecendo o fluxo no local. “A
colocação das novas passadeiras ainda depende de melhorar as condições
da correnteza do rio”, informou.
Fluxo intenso
No último domingo (19), a reportagem da fonte percorreu parte do Vale do Taquari e registrou a movimentação de pessoas na passarela montada próxima ao local onde ficava a ponte da rodovia estadual RS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio.
No último domingo (19), a reportagem da fonte percorreu parte do Vale do Taquari e registrou a movimentação de pessoas na passarela montada próxima ao local onde ficava a ponte da rodovia estadual RS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio.
O fluxo de pessoas que atravessava de um
lado para outro era intenso, em procedimento organizado por militares do
Exército. É obrigatório atravessar com coletes salva-vidas.
Como a passarela é estreita, de "mão única", os grupos de cada margem são liberados de forma alternada. Pessoas idosas, com mobilidade reduzida e crianças têm ainda mais dificuldade, já que a travessia exige que se desça pelo barranco íngreme escorregadio, encharcado pela chuva.
No último sábado (18), o governador Eduardo Leite anunciou a construção de uma nova ponte no local, que deve custar cerca de R$ 14 milhões e levar mais de 180 dias para ser erguida.
De acordo com o último balanço da Defesa Civil do estado, divulgado na manhã de hoje, 165 mortes foram confirmadas até o momento. Há 64 pessoas desaparecidas e 581.638 ficaram desalojadas. Ao todo, 55.791 pessoas encontram-se em abrigos temporários espalhados pelo estado.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ebc
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