A
Câmara dos Vereadores de São Paulo aprovou na noite desta
quinta-feira (2), em segunda e definitiva votação, o projeto de lei que
autoriza que a cidade de São Paulo possa aderir à privatização da
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp),
responsável pelo abastecimento de água.
O projeto recebeu 37 votos
favoráveis e 17 votos contrários, sem abstenções, e segue para sanção do
prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes. A sessão foi acompanhada por
diversos manifestantes, que protestaram a favor e contra a aprovação da
privatização da companhia.
O projeto de lei 163, de 2024, altera a legislação municipal e autoriza a capital paulista a aderir à privatização da Sabesp. A atual legislação municipal entre a capital e a Companhia, a lei 14.934, de 2009, determina que, caso a empresa seja transferida para a iniciativa privada, o teor da norma é automaticamente anulado. Por isso, para que o serviço de saneamento básico da cidade continue sendo prestado pela gestão que assumirá a Sabesp, é preciso uma nova lei, no caso, a que foi aprovada hoje.
Na primeira votação, realizada em abril deste ano, o projeto já havia sido aprovado pelos vereadores paulistanos por 36 votos favoráveis e 18 contrários.
A sessão de hoje foi acompanhada de uma
polêmica. Uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que
a segunda votação do projeto deveria ser suspensa e só poderia ser
feita após todas as audiências públicas agendadas. Mas, por meio de nota
divulgada na tarde de hoje, a assessoria de imprensa da Câmara dos
Vereadores informou que não haveria suspensão da sessão.
“A liminar da
Justiça determinava que a votação ocorresse apenas após as audiências
públicas e o estudo de impacto orçamentário. Os dois critérios foram
cumpridos: a votação está ocorrendo hoje após todas as audiências e o
estudo de impacto foi juntado ao PL na manhã de sábado. Também foi
enviado ao Judiciário”.
Esfera estadual
Na esfera estadual, o projeto de lei da privatização da Sabesp foi aprovado em dezembro de 2023 e sancionado pelo governador Tarcísio de Freitas.
O governo paulista é o acionista majoritário da empresa, detendo 50,3% do controle da Sabesp. O projeto prevê a venda da maior parte dessas ações, mantendo o poder de veto em algumas decisões pelo governo.
A Sabesp atende a 28 milhões de clientes, em 375 municípios paulistas.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ebc
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