O
nível do Rio Guaíba, em Porto Alegre, ficou neste sábado dia 01/06/2024 abaixo da
cota de inundação pela primeira vez em um mês, tendo atingido a marca
de 3,58 metros às 5h, dois centímetros a menos que o patamar de
transbordamento (3,6 metros).
O nível do Rio vem sendo monitorado em tempo real, com o auxílio de lasers, na régua instalada na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. Os dados são compilados e divulgados pela Agência Nacional de Águas
(ANA), a partir do trabalho de campo da Rede Hidrometeorológica
Nacional e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal
do Rio Grande do Sul.
O Guaíba não ficava abaixo da cota de inundação desde as 23h de 2 de maio, quando subiu a 3,67 metros. Com o recuo do rio, muitas pessoas retornam a seus lares e comércios pela primeira vez em mais de 25 dias em bairros como Humaitá, onde fica o pátio do metrô, e na Vila Farrapos, onde há muitas residências.
Na última terça-feira (28), o governo do Rio Grande do Sul alterou a cota de inundação de 3 metros para 3,6 metros. A mudança foi adotada para refletir as medições feitas em uma nova régua instalada mais ao sul do Cais Mauá, onde o nível era registrado até o início de maio.
Na prática, a mudança no nível da cota de inundação não altera a medição da máxima do Guaíba, que chegou a 5,35 metros em 5 de maio, maior marca da história. Isso porque quando o nível do rio está a 3,6 metros no Gasômetro, ele se encontra a 3 metros no Cais Mauá.
O transbordamento do Guaíba inundou diversos
bairros da capital gaúcha, provocando mortes e destruindo os bens de
milhares de famílias. A infraestrutura do estado também ficou fortemente
comprometida, com dezenas de deslizamentos e pontes arrastadas, o que
deixou milhares de famílias ilhadas. Até o momento, foram mais de 77 mil
resgates.
As fortes chuvas que atingiram o estado começaram a cair em 27 de abril, tendo avançado na direção norte por mais de uma semana. O mau tempo deixou um rastro de enxurradas e inundações, com mortes e destruição ao longo de rios como Taquari, Sinos, Caí, Gravataí, Pardo e Jacuí. Um imenso volume d´água depois desembocou no Guaíba.
De acordo com as informações mais recentes
da Defesa Civil gaúcha, até momento foram registradas 169 mortes,
enquanto 44 pessoas seguem desaparecidas. Mais de 2,3 milhões de pessoas
foram afetadas. No auge das cheias, cerca de 630 mil tiveram que deixar
suas casas. Há ainda 39 mil pessoas em abrigos temporários.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ebc
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