Empresários
da indústria da saúde reclamaram com o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, nesta quarta-feira dia 14 de Agosto de 2024, sobre os impactos que a paralisação e a
redução das atividades dos servidores da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) estão acarretando ao setor. No fim de julho, uma
mobilização de 48 horas interrompeu o serviço tanto na Anvisa como em
outras agências reguladoras. No caso da agência sanitária, uma
operação-padrão vem ocorrendo há cerca de dois meses.
"Presidente, a Anvisa não pode parar. Ela
representa 25% do PIB brasileiro. E, com essa greve que está
acontecendo, com a falta de funcionários, é importantíssimo que a gente
consiga reverter esse tema", afirmou Paulo Henrique Fraccaro, presidente
da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo),
durante evento, no Palácio do Planalto, para o anúncio de novos
investimentos públicos e privados no setor
[https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-08/governo-e-industria-da-saude-anunciam-r-574-bilhoes-em-investimentos].
Segundo Fraccaro, a redução do serviço na Anvisa está atrasando o registro de produtos, incluindo fármacos e dispositivos médicos. "Mesmo retornando, não tem funcionários suficientes para colocar em dia possíveis atrasos", acrescentou.
Presidente-executivo da FarmaBrasil,
Reginaldo Arcuri também pediu uma solução para a negociação salarial com
os servidores. "É essencial e urgente garantir a agilidade nesses
procedimentos, para que a indústria não tenha o resultado de seus
investimentos represados por falta de condições da Anvisa. Em 2023, o
valor médio de medicamentos pendentes de análise na Anvisa atingiu R$ 17
bilhões", apontou.
Como a maior parte das matérias-primas da indústria farmacêutica é importada, incluindo o ingrediente farmacêutico ativo (IFA), fundamental na formulação de medicamentos, pode haver comprometimento dos estoques das empresas.
Após a cerimônia no Planalto, a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, disse à fonte que oferta mais recente, apresentada ao Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências), inclui reajuste de até 23% nos salários, divididos em duas parcelas (janeiro de 2025 e abril de 2026).
"A gente não consegue recuperar todas as perdas agora, que era o que eles gostariam ter, mas é um acordo muito bom, a gente espera que eles aceitem". Durante a cerimônia, depois de ouvir a cobrança dos empresários, o próprio presidente Lula pediu empenho da ministra na negociação. "A Esther está com essa dívida com a Anvisa, que é a greve, mas depois do apelo que você fez [referindo-se ao empresário], ela vai resolver", disse Lula.
Afonte procurou o Sinagências para se manifestar, mas não obteve retorno até o momento.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Abimo
Via: ebc
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Informações: Abimo
Via: ebc
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