O
ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque foi preso pela Polícia
Federal em Volta Redonda (RJ) neste sábado dia 17 de Agosto de 2024. Ele tem diversas
condenações em processos derivados da Operação Lava Jato e suas penas
somam 39 anos de prisão.
Desde julho, havia um mandado de prisão
expedido pela 13ª Vara da Justiça Federal, sediada em Curitiba. Ele era
considerado foragido. Um trabalho de inteligência da Polícia Federal
permitiu localizar Duque em uma casa no município fluminense.
O ex-diretor de serviços da Petrobras chegou a ficar preso preventivamente por aproximadamente cinco anos, entre 2015 e 2020, quando obteve o benefício de responder aos seus processos em liberdade.
Na época, a Justiça levou em conta que nenhum deles havia transitado em julgado.
Duque foi um dos primeiros alvos das investigações contra a corrupção da Operação Lava-Jato e foi condenado pela primeira vez em 2015 por associação criminosa. Posteriormente, outras sentenças apontaram seu envolvimento em crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os casos foram analisados em primeira
instância pelo então juiz Sergio Moro. Segundo o magistrado, teria
ficado provado o envolvimento do ex-diretor em um esquema na Petrobras
de pagamento de propina, para destinar recursos a contas no exterior e a
financiamento político.
A Polícia Federal informou que Renato Duque já foi encaminhado ao sistema prisional do Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária confirmou que ele deu entrada na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte da capital fluminense.
Apelação
A fonte não conseguiu contato com os advogados que representam Renato Duque. A defesa chegou a apresentar uma apelação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar evitar a prisão. Em outros recursos apresentados em instâncias inferiores, a representação do ex-diretor da Petrobras pleiteou a declaração de incompetência do ex-juiz Sérgio Moro, alegando que o julgamento seria atribuição da Justiça Eleitoral.
Alguns processos conduzidos por Moro no âmbito da Operação Lava-Jato chegaram a ser anulados pelo STF, seja por questões de competência legal e também devido à falta de imparcialidade. Em 2021, foi reconhecida a suspeição do magistrado em processo que havia levado à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Desde então, condenações, provas e acordos passaram a ser questionados pelas defesas de outros réus. Em alguns casos, o STF concordou com as alegações.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Polícia Federal
Via: ebc
Informações: Polícia Federal
Via: ebc
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