A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta
quinta-feira (14/11/2024) maioria de votos para manter a prisão do conselheiro
do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão,
acusado de envolvimento como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
O entendimento foi formado no julgamento virtual no qual a defesa do
acusado pretende reverter a decisão do ministro que determinou a prisão
de Domingos, cumprida em março deste ano. Brazão está preso na
penitenciária federal em Porto Velho.
Até o momento, além do relator, ministro Alexandre de Moraes, os ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino se manifestaram pela manutenção da prisão. Falta o voto de Luiz Fux. O julgamento está previsto para terminar na segunda-feira (18/11/2024).
Ao manter o entendimento favorável à prisão, Moraes disse que sua
decisão está fundamentada na jurisprudência do Supremo e nas suspeitas
de interferência nas investigações do assassinato. Dessa forma, não cabe
a substituição da prisão por medidas cautelares, como quer a defesa.
"A presença de elementos indicativos da ação do agravante para obstruir as investigações (fatos que estão sendo objeto de apuração autônoma, no Inq 4.967/RJ, de minha relatoria), também reforçam a necessidade da manutenção da sua prisão preventiva e impedem a sua substituição por medidas cautelares diversas da prisão", justificou Moraes.
Além de Domingos, o deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também estão presos pelo suposto envolvimento no assassinato.
De acordo com a investigação realizada pela Polícia Federal, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que têm ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
Conforme a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso de realizar os disparos de arma de fogo contra a vereadora, os irmãos Brazão e Barbosa atuaram como os mandantes do crime.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: STF
Via: ebc
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Via: ebc
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