Após dia turbulento no mercado financeiro, o dólar fechou
praticamente estável, depois de bater R$ 6,20 ao longo da sessão. A
bolsa de valores subiu quase 1%, em dia de leve recuperação.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira dia 17 de Dezembro de 2024 vendido a R$ 6,096,
com pequena alta de 0,02%, renovando o recorde de valor nominal desde a
criação do real. A cotação abriu em R$ 6,14 e chegou a subir para R$
6,20 por volta das 12h15. O Banco Central (BC) interveio duas vezes no
mercado, vendendo US$ 1,272 bilhão por volta das 9h30 e mais US$ 2,015
bilhões após a moeda bater os R$ 6,20.
Feitas as intervenções, o dólar passou boa parte da tarde em torno de R$ 6,11, mas passou a cair com declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, de que pretende começar a votar o pacote de corte de gastos do governo ainda nesta terça-feira.
Na mínima do dia,
por volta das 15h, a cotação caiu para R$ 6,06, mas ganhou força nos
minutos finais de negociação, até fechar em leve alta.
No mercado de ações, o dia foi menos tenso. O índice Ibovespa, da B3,
fechou aos 124.698, com alta de 0,92%. O indicador recuperou-se
parcialmente após três quedas seguidas e também depois de atingir, na
segunda-feira, o menor nível desde o fim de junho.
Apenas em dezembro, o BC vendeu US$ 12,760 bilhões das reservas internacionais, entre leilões â vista, em que o dinheiro sai definitivamente das reservas, e leilões de linha, em que a autoridade monetária compra os dólares de volta após alguns meses. Essa foi a maior atuação do BC no câmbio desde março de 2020, início da pandemia de covid-19.
Em relação ao pacote de corte de gastos, o anúncio de Lira e a ida do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, ao Congresso nesta tarde para negociar as medidas com os deputados reduziram a instabilidade no mercado financeiro. Isso porque aumentaram as chances de aprovação das medidas de revisão de despesas antes do recesso parlamentar, que começa na sexta-feira (20).
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Agência Reuters
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