O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta segunda-feira
(3/03/2025), por unanimidade, homologar o plano de trabalho para aumentar a
transparência e a rastreabilidade das emendas parlamentares ao Orçamento
da União. A medida foi elaborada em conjunto pelos poderes Legislativo e Executivo.
A decisão do ministro Flávio Dino foi referendada pelo plenário da Corte, em sessão virtual de julgamento, que começou na sexta-feira (28/02/2025) e, mesmo com a votação de todos os ministros, segue aberta até quarta-feira (5/03/2025).
O compromisso dos parlamentares foi enviado na terça-feira (25/02/2025) ao
ministro, que é relator dos processos que tratam das medidas de
transparência determinadas pelo STF para o pagamento das emendas. Ao
homologar o plano, Dino liberou o pagamento das emendas deste ano e dos anos anteriores suspensas por decisões da Corte.
Pelo plano de trabalho da Câmara e do Senado, a partir do exercício financeiro deste ano, não será mais possível empenhar emendas sem a identificação do deputado ou senador que fez a indicação e da entidade que vai receber os recursos.
Conforme a decisão de Dino, não entram na liberação:
👉 Emendas específicas para organizações não governamentais (ONGs) e
entidades do terceiro setor que foram alvo de auditoria da
Controladoria-Geral da União (CGU);
👉 Recursos para a saúde que não estão regularizados em contas bancárias específicas e emendas de bancada;
👉 Emendas de bancada e de comissão que não foram convalidadas em atas das respectivas comissões e que estejam sem identificação do parlamentar.
👉 Recursos para a saúde que não estão regularizados em contas bancárias específicas e emendas de bancada;
👉 Emendas de bancada e de comissão que não foram convalidadas em atas das respectivas comissões e que estejam sem identificação do parlamentar.
Entenda
O impasse sobre a liberação das emendas começou em dezembro de 2022,
quando o STF entendeu que as emendas chamadas de RP8 e RP9 eram
inconstitucionais. Após a decisão, o Congresso Nacional aprovou uma
resolução que mudou as regras de distribuição de recursos por emendas de
relator para cumprir a determinação da Corte.
No entanto, o PSOL, partido que entrou com a ação contra as emendas, apontou que a decisão continuava em descumprimento. Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, relatora original do caso, Flávio Dino assumiu a condução do caso.
Em agosto do ano passado, Dino determinou a suspensão das emendas e decidiu que os repasses devem seguir critérios de rastreabilidade. O ministro também determinou que a CGU auditasse os repasses dos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.
No mês passado, Flávio Dino suspendeu emendas parlamentares para ONG devido à falta de transparência. Em dezembro, por exemplo, ele havia bloqueado as transferências de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.
O total previsto para emendas parlamentares no Orçamento de 2025, que ainda não foi aprovado, chega a R$ 52 bilhões, uma alta em relação a 2024, quando a cifra foi de R$ 49,2 bilhões. Há 10 anos, em 2014, esse valor era de R$ 6,1 bilhões.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: STF
Via: ebc
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