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08 abril, 2025

Dólar subiu mais de 1% e chegou aos R$ 6 com EUA impondo novas tarifas para China.

 
O dólar à vista subia mais de 1% ante o real nesta terça-feira, revertendo perdas do início da sessão e ultrapassando o nível de R$ 6, à medida que os investidores seguiam ponderando sobre a possibilidade de as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, serem objeto de negociação com os países atingidos.
 
A política comercial dos EUA segue no foco dos mercados desde que Trump anunciou na semana passada a imposição de tarifa mínima de 10% sobre todas as importações ao país, que entrou em vigor no sábado, e taxas “recíprocas” mais altas para alguns parceiros, que serão implementadas na quarta.

Por três sessões consecutivas, os investidores demonstraram enorme aversão ao risco, em meio ao temor de que as medidas comerciais possam desencadear uma guerra comercial ampla, o que poderia provocar a aceleração da inflação global e uma recessão econômica em diversos países.

Mas nesta terça-feira os agentes financeiros demonstravam um certo alívio, já que notícias recentes mostraram que alguns países estão preparados para negociar as tarifas com os EUA, evitando novas escaladas nas tensões comerciais.

O destaque era o Japão, após Trump ter dito na segunda-feira que está enviando uma equipe para discutir as relações comerciais. O país asiático anunciou nesta terça que seu ministro da Economia, Ryosei Akazawa, liderará as negociações pelo lado japonês.

Por outro lado, a aversão ao risco voltou ao radar após os Estados Unidos anunciarem que vão impor uma tarifa de 104% sobre a China nesta quarta-feira, depois que Pequim não suspendeu suas tarifas retaliatórias sobre os produtos norte-americanos até o prazo desta terça-feira estabelecido pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
 
Qual é a cotação do dólar hoje?
Às 14h20, o dólar à vista operava em alta de 1,41%, aos R$ 5,994 na compra e R$ 5,995 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,26%, aos 6.015 pontos.

Na segunda-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,24%, a R$ 5,9107, maior valor de fechamento desde 28 de fevereiro.

O Banco Central fará nesta sessão um leilão de até 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 2 de maio de 2025.
 
 Dólar Comercial
Compra: R$ 5,989
Venda: R$ 5,990
 
Dólar Turismo
Compra: R$ 6,006
Venda: R$ 6,186

O que aconteceu com dólar hoje?

O movimento de maior apetite pelo risco no exterior chegou a beneficiar moedas de países emergentes, incluindo o real, no início da sessão. Às 9h09, a divisa dos EUA atingiu a cotação mínima do dia ante a moeda brasileira, a R$5,8607 (-0,85%), devolvendo parte dos ganhos recentes.

Mas o bom momento para as divisas emergentes durou pouco, com o dólar retomando o território positivo ao longo da manhã frente ao real, ao peso colombiano e ao peso chileno.

Analistas ouvidos pela Reuters disseram não haver um fator em particular que fez o dólar voltar a se fortalecer frente a países emergentes, mas pontuaram que o otimismo no início da sessão parecia exagerado, uma vez que não há previsão para as negociações dos EUA com parceiros.

“Honestamente, eu acredito que essas conversas estão em um estágio muito inicial para trazer um fruto no curto prazo. Eu não antevejo essas negociações. Parece que os fundamentos por trás desse apetite maior na sessão de hoje são fundamentos muito frágeis e passíveis de reversão”, disse Leonel Oliveira Mattos analista de inteligência de mercados da Stonex.

O otimismo nos mercados ainda contava com uma dose de cautela após Trump ter intensificado as tensões com a China na segunda-feira, ameaçando a segunda maior economia do mundo com tarifas adicionais caso Pequim não abandone as medidas retaliatórias contra as taxas dos EUA.

Na cena doméstica, dados do Banco Central mostraram mais cedo que a dívida bruta do Brasil registrou alta em fevereiro, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário bem menor do que o esperado.

 
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com 
Informações: Agência Reuters

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