O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quinta-feira
dia 3 de Abril de 2025 medidas para combater a letalidade policial durante operações da
Polícia Militar contra o crime organizado nas comunidades do Rio de
Janeiro.
As medidas foram definidas durante o julgamento definitivo da
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 635,
conhecida como a ADPF das Favelas.
A decisão da Corte foi anunciada pelo presidente do STF, ministro
Luís Roberto Barroso, após a definição de um voto de consenso
apresentado em nome dos 11 ministros da Corte.
Conforme a decisão do tribunal, o governo do Rio deverá seguir diversas regras nessas operações, como o uso proporcional da força policial, câmeras nas viaturas, elaboração de um plano de reocupação de territórios invadidos pelas organizações criminosas, além da entrada da Polícia Federal nas investigações contra milícias e tráfico de drogas interestadual e internacional.
Medidas adotadas
Câmeras nas viaturas – Em 180 dias, o estado do Rio deverá comprovar a instalação de câmeras nas viaturas das polícias Militar e Civil, exceto nos casos de uso para atividades de investigação. Os equipamentos já são usados nas fardas dos policiais.
Proporcionalidade no uso da força – As polícias deverão planejar antecipadamente as operações e fazer uso proporcional da força em cada ocasião;
Operações nas proximidades de escolas e hospitais – Devem respeitar o uso da força, principalmente, no horário de entrada e saída das aulas;
Reocupação territorial – Os ministros também
determinaram que o governo do Rio elabore um plano de reocupação de
áreas dominas pelas organizações criminosas;
Morte de policiais e de civis – Os agentes que
atenderem a ocorrência devem preservar o local do crime até a chegada de
um delegado responsável. O Ministério Público também deverá ser
comunicado imediatamente;
Ambulâncias em operações policiais - Acompanhamento obrigatório de ambulâncias nas operações;
Policia Federal – O STF determinou a abertura de
inquérito para apuração de crimes interestaduais e internacionais
cometidos pelas organizações criminosas que atuam no Rio. O trabalho
será para combater as milícias, tráfico de armas e drogas e lavagem de
dinheiro;
Corregedorias das polícias – Esses órgãos, que devem
acompanhar as ocorrências de mortes, terão prazo de 60 dias para
finalizar o eventual processo disciplinar;
Buscas domiciliares – Somente durante o dia, exceto
em situações de flagrante, não sendo admitido o ingresso forçado de
policiais, se não for nessa circunstância;
Acompanhamento psicológico de policiais – Obrigatoriedade de participação de policiais envolvidos em operações com mortes em programas de assistência psicológica;
Relatórios de operações policiais – A polícia deverá elaborar um relatório das operações e encaminhar ao Ministério Público;
Críticas
Durante o julgamento, o ministro Edson Fachin, relator do caso,
rebateu críticas feitas às restrições da atuação da polícia que foram
determinadas pelo STF e disse que as medidas contribuíram para redução
dos índices de letalidade policial e de vítimas por disparos da polícia. Mas não cita as baças perdidas disparadas pelas facções todo os dias em suas guerra por territórios.
"Diante de qualquer narrativa de imputar a decisões do STF a responsabilidade de problemas graves e pré-existente à ADPF, problemas que tanto afligem a população do Estado, hão de falar mais alto os fatos", na visão dele.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: STF
Via: ebc
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Via: ebc
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