Voltando ao normal: Suprema Corte dos EUA autoriza governo Trump a excluir pessoas trans das Forças Armadas.

 

A Suprema Corte dos Estados Unidos, com maioria conservadora, autorizou provisoriamente o governo do presidente Donald Trump a excluir pessoas transgênero das forças armadas. A medida coloca 15 mil pessoas trans militares, segundo estimativa, em risco de serem dispensados.

 

A decisão desta terça-feira dia 6 de Maio de 2025, aprovada por seis votos contra três, reverteu a ordem de um tribunal de primeira instância que suspendia um decreto do presidente.

A decisão é uma vitória significativa para Trump, que fez da revogação dos direitos das pessoas trans uma parte importante de seu segundo mandato.

Dois juízes federais, do Estado de Washington e da capital federal, bloquearam o decreto sobre militares transgêneros, mas o governo Trump recorreu de ambas as decisões e depois foi à Suprema Corte.

 — Para garantir que tenhamos a força de combate mais letal do mundo, livraremos nossas forças armadas da ideologia transgênero — disse Trump antes de assinar a ordem executiva em 27 de janeiro.

 

Ofensiva

 

Um grupo de pessoas transgênero, que estavam nas forças armadas ou queriam estar, foram à Justiça para bloquear a medida.

De acordo com o decreto, "expressar uma falsa 'identidade de gênero', que difere do sexo de um indivíduo, não pode satisfazer os padrões rigorosos exigidos para o serviço militar".

Segundo o documento, o Departamento de Defesa declarou em fevereiro que não apenas eliminaria o recrutamento de pessoas transgênero para as forças armadas, mas também as expulsaria caso já estivessem servindo, a menos que obtivessem uma isenção caso a caso.

Durante seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump também teve como alvo a comunidade transgênero ao proibir o recrutamento de pessoas que precisassem de terapia hormonal ou tivessem passado por tratamento de mudança de sexo.

Seu sucessor, o democrata Joe Biden, reverteu essas decisões e autorizou a reformulação.

— Todos os americanos elegíveis para servir nas forças armadas dos Estados Unidos devem poder fazê-lo — disse o democrata.
 
 

Post: G. Gomes
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