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16 julho, 2025

Dólar hoje volta a subir com tarifas dos EUA e IOF em foco.

 
Após interromper uma sequência de quatro sessões de ganhos na véspera, o dólar à vista operava com alta nas primeiras negociações desta quarta-feira dia 16 de Julho de 2025, com investidores ponderando sobre as recentes ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enquanto o mercado nacional monitorava o impasse entre governo e Congresso em torno do IOF.
 
Qual a cotação do dólar hoje?
Às 11h23, o dólar à vista subia 0,34%, aos R$ 5,577 na venda. Na B3 o dólar para agosto — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,19%, aos R$ 5,584.

Dólar Comercial

Compra: R$ 5,576
Venda: R$ 5,577

Dólar Turismo

Compra: R$ 5,616
Venda: R$ 5,796

O que aconteceu com dólar hoje?

Por mais uma sessão, as tensões comerciais ocupavam a mente dos agentes financeiros, que seguem monitorando a resposta do governo brasileiro ao anúncio de Trump na semana passada de que vai impor uma tarifa de 50% sobre o país a partir de 1º de agosto.

Na véspera, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que o governo trabalhará para reverter a tarifa “o mais rápido possível”, ponderando que poderá pedir mais prazo para negociar.

Do lado dos EUA, entretanto, vieram mais ameaças. O representante comercial Jamieson Greer disse na terça que iniciou uma investigação sobre práticas comerciais “injustas” do Brasil. O processo decidirá se o tratamento dado pelo país ao comércio digital é “discriminatório” para o comércio dos EUA.

O mercado nacional também observa o impasse em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), depois que audiência de conciliação promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre o governo e o Congresso terminou sem acordo, com os dois lados apontando que preferem aguardar a decisão judicial.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na véspera que acredita em uma solução rápida para a divergência.

Com isso, diante das incertezas na cena doméstica, os investidores optavam por fugir de ativos mais arriscados, o que, no mercado cambial, significava pressão sobre o real.

“O mercado está em compasso de espera, mas com viés de proteção, aumentando a demanda por dólares”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital.

“O mercado está reagindo ao aumento das tensões Brasil-EUA. Essa investigação, que foi um expediente já usando pelos EUA contra outro países, está piorando um pouco a percepção. Indefinição do IOF também não foi bom”, completou.

No exterior, o foco também tem permanecido nas disputas comerciais, à medida que os mercados acompanham as negociações tarifárias dos EUA com seus principais parceiros, como União Europeia e Japão, antes do prazo de 1º de agosto para a entrada em vigor de tarifas mais altas.

Nesta semana, as atenções têm se voltado para o potencial impacto das taxas de importação sobre a inflação dos EUA, com números mostrando na véspera que a alta dos preços ao consumidor acelerou em junho, mas em linha com o esperado.

Operadores têm mantido as apostas de que o Federal Reserve deve cortar a taxa de juros até duas vezes neste ano, com a primeira redução possivelmente em setembro, apesar da pressão de Trump por cortes imediatos nos juros.
 
 
 
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com 
Informações: Agência Reuters.

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