A Associação Brasileira das Indústrias de Pescado
(Abipesca) protocolou nesta segunda-feira dia 21 de Julho de 2025 um pedido formal ao
governo federal para a criação de uma linha emergencial de crédito
voltada às indústrias exportadoras do setor. O objetivo é reduzir os
impactos imediatos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos
produtos brasileiros.
De acordo com a associação, o mercado norte-americano é o
destino de cerca de 70% do pescado exportado pelo Brasil. Com a nova
taxação, o setor estima que cerca de R$ 300 milhões em produtos estejam
parados entre pátios portuários, embarcações e unidades industriais.
O pedido foi protocolado no Palácio do Planalto e se dirige ao
presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta da Abipesca prevê
crédito emergencial de R$ 900 milhões, com seis meses de carência e
prazo de 24 meses para pagamento.
De acordo com a Abipesca, a taxação levou o setor a enfrentar uma
“grave crise de capital de giro”, uma vez que não há como redirecionar
essa produção ao mercado interno “que já se encontra abastecido e não
absorve os cortes específicos voltados à exportação”.
“Caso não haja uma resposta rápida, 35 indústrias e aproximadamente 20 mil trabalhadores, incluindo pescadores artesanais, podem ser impactados com cortes e paralisações”, afirmou a associação.
No documento protocolado, a associação também solicita que o governo brasileiro intensifique as negociações para reabertura do mercado europeu, fechado às exportações brasileiras de pescado desde 2017.
Negociação
No último dia 9, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta ao presidente Lula, em que anuncia a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano. Segundo Trump, as tarifas passam a valer no dia 1º de agosto. Trump justifica a medida tarifária citando supostos "ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos".
Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à Rádio CBN, que o Brasil não vai sair da mesa de negociação com os Estados Unidos. Haddad disse, porém, que o governo vem trabalhando em planos de contingência para ajudar os setores mais prejudicados com o plano de Donald Trump.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ebc
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