Dados
do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostram que,
em 2020, foram abertas 626.883 micro e pequenas empresas em todo o país.
Desse total, 535.126 eram microempresas (85%) e 91.757 (15%) eram
empresas de pequeno porte.

Os setores onde as microempresas abriram
maior número de unidades em 2020 foram serviços combinados de escritório
e apoio administrativo (20.398 empresas), comércio varejista de artigos
do vestuário e acessórios (16.786) e restaurantes e similares (13.124).
Já os setores onde as pequenas empresas abriram mais estabelecimentos
foram serviços combinados de escritório e apoio administrativo (3.108),
construção de edifícios (2.617) e comércio varejista de artigos do
vestuário e acessórios (2.469). De acordo com o Sebrae Nacional, o
resultado evidencia a força do empreendedorismo no Brasil.
Com base em dados do governo federal,
apurou-se que, no ano passado, o país criou 3,4 milhões de novas
empresas, alta de 6% em comparação a 2019, apesar da pandemia de
covid-19. Ao final de 2020, o saldo positivo no país foi de 2,3 milhões
de empresas abertas, com destaque para microempreendedores individuais
(MEI).
De acordo com o Ministério da Economia, o
registro de 2,6 milhões de MEI em 2020 representou expansão de 8,4% em
relação ao ano anterior, levando essa categoria de empreendedores ao
total de 11,2 milhões de negócios ativos no país.
O MEI
representa hoje 56,7% das empresas em atividade no Brasil e 79,3% das
empresas abertas no ano passado.
Importância
Números divulgados pelo Serviço de Apoio às
Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro (Sebrae RJ)
confirmam a importância do empreendedorismo para garantir a
sobrevivência das empresas e a renda dos micro e pequenos empresários.
Ao mesmo tempo em que a crise provocada pela
pandemia de covid-19 causou o fechamento de 90,2 mil pequenos negócios
no estado, foram abertos mais de 307,8 mil pequenos negócios, com
destaque para o setor de serviços, com quase 160 mil novas empresas.
“Foi um dado que espantou bastante a gente”, comentou, em entrevista à Agencial,
o analista do Sebrae RJ, Felipe Antunes. “A pandemia causou impacto em
todos os setores. Toda a economia sofreu. No nosso entendimento, porém,
as pessoas precisam gerar renda, muitas foram demitidas e procuraram o
empreendedorismo, abrindo empresas para ter geração de renda”.
Nesse processo, Antunes ressaltou que o
microempreendedor individual (MEI) teve grande destaque. “Oitenta e oito
por cento das empresas que abriram foram por meio desse regime do MEI,
que oferece facilidade para a pessoa abrir um negócio. Por isso, há um
percentual muito alto de MEI entre as empresas abertas”.
Receita
O levantamento do Sebrae Rio, elaborado com
base nos dados da Receita Federal, revela que salão de beleza
(cabeleireiro, manicure e pedicure) e fornecimento de alimentos
preparados preponderantemente para consumo domiciliar foram as
principais atividades escolhidas pelos microempreendedores individuais.
Para o analista, o MEI “foi uma válvula de escape” no cenário trazido
pela pandemia. “O empresário, por necessidade, precisou continuar no
mercado e viu o empreendedorismo como opção de gerar renda”,
acrescentou.
Do total de novas empresas que surgiram no
estado do Rio de Janeiro em 2020, o setor de serviços foi responsável
pela abertura de 159,9 mil empresas, seguido pelo comércio (72,5 mil), a
indústria (52,7 mil), economia criativa (10,5 mil), o turismo (9,9 mil)
e a agropecuária (2,1 mil). Por atividade, o desempenho dos pequenos
negócios foi liderado por serviço de escritório e apoio administrativo,
comércio varejista de roupas, serviço médico-ambulatorial e
restaurantes.
Fechamento
Durante o ano de 2020, o setor de serviços
foi o que mais fechou empresas no estado do Rio (39,1 mil), seguido pelo
comércio (28,8 mil), a indústria (14 mil), economia criativa (4,1 mil),
o turismo (3,5 mil) e a agropecuária (470). “O setor de serviços
precisa muito da presença de pessoas e a pandemia, ao interromper a
circulação, prejudicou muito o setor de serviços, mas o setor de
comércio também teve impacto”, comentou Felipe Antunes.
As atividades voltadas para o comércio
varejista de roupas e restaurantes foram as que sofreram maior impacto
por causa da pandemia.
Das microempresas que fecharam, 42% eram do setor
de comércio, mostra a pesquisa.
Informações: Ministério da economia
Post: G. Gomes
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