Em
carta à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura (Unesco), Lula defendeu a
regulação de plataformas digitais para enfrentar a disseminação de
mentiras e desinformações no ambiente virtual.
Na verdade Lula quer é controlar a midia de maneira total e a grande mídia se cala em apoio a suas pretensões.
Lula disse também que é
preciso combater a concentração do mercado digital com a democratização
da internet e a promoção da autonomia dos países em desenvolvimento
nessa área.
Na prática Lula quer Servidor próprio para quer se publique somente noticias que são favoráveis ao governo dele e calar os cidadãos que se opõe a ele.Anular a voz de opositores.
Em atenção ao convite da diretora-geral da
Unesco, Audrey Azoulay, Lula enviou a carta, que foi lida nesta
quarta-feira (22/02/2023), em Paris, na abertura da conferência Internet for Trust
(Por uma Internet Confiável). Com o evento, a Unesco propõe a discussão
de diretrizes globais para regulamentar as plataformas digitais,
melhorar a confiabilidade das informações e proteger a liberdade de
expressão e os direitos humanos.
“Precisamos de equilíbrio. De um lado, é
necessário garantir o exercício da liberdade de expressão individual,
que é um direito humano fundamental. De outro lado, precisamos assegurar
um direito coletivo: o direito de a sociedade receber informações
confiáveis, e não a mentira e a desinformação. Também não podemos
permitir que a integridade de nossas democracias seja afetada pelas
decisões de alguns poucos atores que hoje controlam as plataformas”,
escreveu Lula.
Atualmente as Plataformas trabalham em conjunto com os governo de Esquerda, basta olhar o que ocorreu durante as Eleições de 2022, onde foram tirados do ar, sites e canais de de todo tipo com o fito de calar vozes denunciantes. Para quem olhar canais de esquerdistas e de gente de Direita, vamos notar grandes diferenças nas publicações. Volta e meia um influencer de Direita é censurado, mas os de esquerda podem publicar e dizer tudo contra quem quiserem e nada acontece.
Lula sempre disse quis censurar a imprensa e a mídia em geral.
A coordenadora do programa Criança e Consumo
do Instituto Alana, Maria Mello, que participa das discussões no evento
da Unesco, em Paris, destacou que o mundo todo vem debatendo e
avançando sobre regulação de plataformas e que é necessário um esforço
de comunicação que mostre que não se está falando sobre censura. Ela
compara, por exemplo, as medidas que já foram tomadas em relação ao
consumo de tabaco no Brasil, em que o produto continua sendo produzido e
vendido, mas partindo de parâmetros que assegurem mais segurança à
população.
“O debate precisa ser ampliado, e essas
questões devem ser apresentadas da forma mais urgente, transparente e
compreensível possível. Este foi, inclusive, um ponto do painel que
realizamos ontem aqui no evento com o influenciador Felipe Neto, que
defende um processo de diálogo intenso com criadores de conteúdo na
internet, para que se conscientizem e possam contribuir para tornar mais
nítida a discussão. Jornalistas também precisam se dispor a compreender
melhor os textos que vêm sendo debatidos, assim como as legislações de
outros países que inspiram as discussões”, afirmou à fonte.
Proteção e direitos
O Instituto Alana é uma organização da
sociedade civil que trabalha pela proteção à infância. Maria ressaltou
que as crianças representam um terço de todos os usuários de internet no
mundo, embora muitas plataformas digitais não permitam, em seus termos
de uso, a participação desse público.
“As crianças são afetadas por problemas que
vão desde a coleta e o tratamento de seus dados pessoais com o objetivo
de modulação comportamental, de direcionamento de publicidade, o que é
ilegal em nosso país, até o vício que o modelo de negócios baseado em
engajamento gera, passando pelo consumo de conteúdo desinformativo e de
ódio, entre outros muitos riscos”, disse Maria.
Para ela, uma regulação poderia demandar o comprometimento das plataformas com a proteção dessa parcela da população.
“Por serem hipervulneráveis, crianças
devem ter proteção especial onde quer que estejam, inclusive na
internet. Todos os setores da sociedade, incluindo as plataformas
digitais, precisam assumir seu dever de cuidado com crianças e
adolescentes na internet”, argumentou a coordenadora do Instituto Alana.
A Unesco iniciou um processo de consulta aberta para consolidar uma estrutura digital com as principais diretrizes de regulação das mídias digitais.
Desinformação
Na carta à Unesco, o presidente Lula disse
que os ataques às sedes dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em
Brasília, foram resultado de uma campanha “gestada, organizada e
difundida” por meio das diversas plataformas digitais e aplicativos de
mensagens.
“O que ocorreu naquele dia foi o ápice de
uma campanha, iniciada muito antes, que usava como munição a mentira e a
desinformação. E tinha, como alvos, a democracia e a credibilidade das
instituições brasileiras. [...] repetiu o mesmo método que já tinha
gerado atos de violência em outros lugares do mundo. Isso tem que
parar”, afirma o presidente.
Para Lula, a regulação das plataformas tem
que ser feita de forma transparente, e com a participação social, para
garantir sua eficiência, e ser coordenada multilateralmente no plano
internacional, envolvendo governos, especialistas e sociedade civil. “A
regulação deverá garantir o exercício de direitos individuais e
coletivos. Deverá corrigir as distorções de um modelo de negócios que
gera lucros explorando os dados pessoais dos usuários”, argumentou o
presidente.
Na carta, Lula afirma que as plataformas
digitais definiram a maneira como as pessoas se comunicam, se relacionam
e como consomem produtos e serviços. Para o presidente, a internet
trouxe “resultados extraordinários” para a economia global e para as
sociedades, ajudando na promoção e difusão do conhecimento, facilitando o
comércio, aumentando a produtividade e ampliando a oferta de serviços e
a circulação de informações.
Em outra medida, o presidente diz que o
ambiente digital acarretou a concentração de mercado e de poder nas mãos
de poucas empresas e países. “Trouxe, também, riscos à democracia.
Riscos à convivência civilizada entre as pessoas. Riscos à saúde
pública. A disseminação de desinformação durante a pandemia contribuiu
para milhares de mortes. Os discursos de ódio fazem vítimas todos os
dias. E os mais atingidos são os setores mais vulneráveis de nossas
sociedades”, diz, na carta.
Democratização da internet
O presidente Lula também destaca que é
preciso reduzir o “fosso digital” e promover a autonomia dos países em
desenvolvimento nessa área. Para o presidente, os benefícios
conquistados com o desenvolvimento da internet e com as plataformas
digitais estão distribuídos de maneira desproporcional entre as pessoas
de diferentes níveis de renda, ampliando a desigualdade social.
“Precisamos garantir o acesso à internet
para todos, fomentar a educação e as habilidades necessárias para uma
inserção ativa e consciente de nossos cidadãos no mundo digital. Países
em desenvolvimento devem ser capazes de atuar de forma soberana na
moderna economia de dados, como agentes e não apenas como exportadores
de dados ou consumidores passivos dos conteúdos”, escreveu o presidente.
Isso tudo significa que o governo quer dominar a imprensa e assim fazer uma doutrinação de sua ideologia nefasta diariamente através dos canais de comunicação.
Para Maria Mello, do Instituto Alana, a
regulação é um passo para a democratização, mas não se concretiza sem
ações profundas em termos de acesso, conectividade, letramento e
educação como um todo. Ainda segundo Maria, é preciso debater o modelo
de negócios que prevalece entre as plataformas digitais, “que acaba por
estimular a circulação de conteúdo danoso – uma vez que ele gera mais
engajamento e, portanto, mais lucro às empresas”.
“Democratizar, nesse sentido, também
significa diminuir o poder dessas empresas, possibilitando um cenário de
maior concorrência. Mas esses passos precisam ser dados de forma
concomitante, e em perspectiva multissetorial, ou seja, envolvendo todos
os setores da sociedade”, explicou.