O início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff está sendo muito mal avaliado pela imprensa especializada estrangeira. Depois de o Financial Times listar "10 boas razões" para a petista deixar o poder, agora uma reportagem de capa da The Economist enfatiza a "bagunça" que domina a política e economia brasileiras.
A versão latino-americana da revista, que chegou às bancas nesta quinta-feira (26), traz na capa a manchete "Atoleiro do Brasil". O editorial destaca que a estagnação do País em 2013 está se transformando em recessão, com altas taxas de inflação e inadimplência e redução no volume de investimentos.
O cenário piora, segundo a The Economist, com "o vasto escândalo de corrupção" na Petrobras, que envolve propina bilionária distribuída entre políticos petistas e dos partidos da base governista.
A revista confronta o cenário atual com o Brasil que Dilma vendeu durante a campanha eleitoral do ano passado:
"Enquanto fazia campanha por um segundo mandato, nas eleições, Dilma Rousseff pintou um retrato cor-de-rosa da sétima maior economia do mundo. Altos índices de emprego, salários crescentes e benefícios sociais que eram ameaçados apenas pelos planos neoliberais nefastos de seus oponentes, como ela dizia. Com apenas dois meses de seu mandato , os brasileiros já perceberam que foram atraídos por falsas promessas."
O início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff está sendo muito mal avaliado pela imprensa especializada estrangeira. Depois de o Financial Times listar "10 boas razões" para a petista deixar o poder, agora uma reportagem de capa da The Economist enfatiza a "bagunça" que domina a política e economia brasileiras.
A versão latino-americana da revista, que chegou às bancas nesta quinta-feira (26), traz na capa a manchete "Atoleiro do Brasil". O editorial destaca que a estagnação do País em 2013 está se transformando em recessão, com altas taxas de inflação e inadimplência e redução no volume de investimentos.
O cenário piora, segundo a The Economist, com "o vasto escândalo de corrupção" na Petrobras, que envolve propina bilionária distribuída entre políticos petistas e dos partidos da base governista.
A revista confronta o cenário atual com o Brasil que Dilma vendeu durante a campanha eleitoral do ano passado:
"Enquanto fazia campanha por um segundo mandato, nas eleições, Dilma Rousseff pintou um retrato cor-de-rosa da sétima maior economia do mundo. Altos índices de emprego, salários crescentes e benefícios sociais que eram ameaçados apenas pelos planos neoliberais nefastos de seus oponentes, como ela dizia. Com apenas dois meses de seu mandato , os brasileiros já perceberam que foram atraídos por falsas promessas."
Para a The Economist, escapar desse "atoleiro" seria complicado para líderes políticos fortes. "Rousseff, entretanto, é fraca", dispara, apoiando-se na disputa acirrada entre ela e o senador Aécio Neves, então candidato a presidente pelo PSDB, e na queda da popularidade da presidente neste começo de ano, medida pelo Datafolha.
Essa "fragilidade política" ficou ainda mais escancarada com a derrota de Dilma na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) bateu com folga Arlindo Chinaglia (PT-SP) e "vai perseguir a agenda dele, não dela", sublinha a revista. "Não será a primeira vez que o Brasil poderá viver um período de governo semi-parlamentarista."
Esse é o maior teste do Brasil desde o início dos anos 90, de acordo com a The Economist. "Ela [Dilma] precisa levar o País para uma direção inteiramente nova."
Uma nova onda de protestos contra a corrupção e a má qualidade de serviços públicos, como em 2013, pode custar o mandato de Dilma, alerta a revista.
Joaquim Levy, o Salvador?
A revista vê com simpatia o nome do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e seus esforços de ajuste fiscal e de aproximação com mercado e investidores:
"Agora, ele [Levy] é indispensável. Ele deveria construir pontes com [Eduardo] Cunha, deixando claro que se o Congresso Nacional tentar precificar apoio político, isso levará a cortes em outros lugares do Orçamento. A recuperação da responsabilidade fiscal deve ser permanente para a confiança dos negócios e o retorno dos investimentos. Quanto mais cedo o ajuste fiscal estiver valendo, mais cedo o Banco Central poderá iniciar o corte na taxa de juros."
A The Economist emenda que a situação econômica da Rússia é pior que a do Brasil. A economia do país de Vladimir Putin foi "violentada" por guerra, sanções e dependência do petróleo.
"A despeito de todos os seus problemas, o Brasil não está em uma bagunça tão grande quanto a Rússia. Ele tem um setor privado amplo e diversificado e instituições democráticas robustas. Mas seus prejuízos podem ser mais profundos do que muitos estão notando. A hora para mudar isso é agora."
Fonte: Brasil Post
Post:G.Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br
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