Positividade: Cães de rua recebem adestramento solidário no interior do RS.

Cães enfileirados mostram trabalho de adestramento em Rio Grande (Reprodução/RBS TV)

Muitas pessoas simplesmente ignoram cães de rua, mas não este morador de Rio Grande, interior do Rio Grande do Sul. Anderson Silva Souza percebeu que os animais abandonados precisam de carinho e decidiu adestra-los como uma forma de interação saudável.

A ideia de treinar os bichos surgiu após Anderson adotar Xirú, seu primeiro cachorro. “Eles querem o nosso carinho, o nosso amor e a interação com a gente”, comentou o adestrador em entrevista à RBS.

“É a interação deles com a sociedade, com as pessoas. Que eles interajam para poder serem cães que não demonstrem agressividade, que eles tenham um pouco de carinho das pessoas. Eles são cães exatamente para isso, para socializar com as pessoas e com outros cães também”, continuou.

 Anderson adestra cães de forma voluntária (Reprodução/RBS TV)

Segundo o gaúcho, os cães treinados chegaram a impedir assaltos em uma praça da cidade. De acordo com ele, o adestramento é fundamental para que os bichos não demonstrem agressividade aleatória contra humanos.

Para adestrar os cachorros, Anderson conta que a parte mais difícil é conquistar a amizade deles, já que muitos possuem traumas relacionados a humanos por terem sido abandonados por seus antigos donos ou agredidos na rua. “Eles aceitam o carinho, aceitam a comida, mas eles não querem te seguir realmente”, conta.

Após conseguir a lealdade dos bichos, o adestrador os ensina tarefas como atravessar a rua com segurança. “Eu já recolhi vários cães atropelados que eu não consegui salvar. Eles passavam na frente dos ônibus e eles não viam os carros que vinham porque o ônibus estava estacionado, e aí aconteciam os atropelamentos”, disse Anderson.

Nas ruas de Rio Grande, não é incomum ver todos os bichos enfileirados em muretas ou sentados em bancos após o trabalho feito pelo adestradoNas ruas de Rio Grande, não é incomum ver todos os bichos enfileirados em muretas ou sentados em bancos após o trabalho feito pelo adestradorr. Grande parte dos moradores da cidade aprova a bela atitude de Anderson.

“A gente tem que amar eles como a gente ama o nosso próximo, porque eles não querem nada da gente, não querem nosso dinheiro, não querem a nossa roupa, eles não querem nada superficial. Eles querem a gente”, encerrou.

Colaborador do Yahoo
Post: G. Gomes
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