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20 fevereiro, 2019

Acusação: Ex-coroinhas acusam padre de assédio no interior de SP.

(Foto Reprodução)
Quatro ex-coroinhas da Igreja Católica denunciaram o padre Pedro Leandro Ricardo, de 50 anos, por suposto assédio sexual quando eles eram menores de idade e o auxiliavam na missa. 
Reitor da Basílica de Santo Antônio, padre Pedro foi afastado de sua função eclesiástica no mês passado, quando ao jornal revelou que ele está sendo investigado pelo Ministério Público por suposto envolvimento com meninos que lhe tinham como guia na basílica de Americana, no interior paulista.

As denúncias de agora partiram de Araraquara, também no interior de São Paulo, onde ele atuou nos anos 2000. As acusações contra ele e contra dom Vilson Dias de Oliveira, bispo da Diocese de Limeira, que tem a basílica sob sua jurisdição, motivaram também a abertura de uma investigação sob o crivo da Igreja Católica.

Vaticano enviou representante

De acordo com a Folha, o Vaticano enviou um representante para apurar as acusações que atingem os líderes católicos. Além de acobertar ações do padre Leandro, dom Vilson também é suspeito de tentar extorquir dinheiro de membros do clero sob seu comando e aumentar seu patrimônio com o recurso desviado. O padre e o bispo negam as acusações

O bispo de Lorena (SP), dom João Inácio Muller, foi até Limeira checar as suspeitas sobre a dupla. A assessoria de imprensa da diocese limeirense confirmou que dom João está na cidade a pedido do núncio apostólico do Brasil, o arcebispo dom Giovanni d’Aniello.

Talitha Camargo da Fonseca, advogada que representa os quatro homens que disseram ter sido assediados por padre Leandro na adolescência, afirmou que as vítimas já foram ouvidas numa delegacia de Araras.

Elas (as vítimas) foram corrompidas na dignidade sexual e na fé delas. Muitas se afastaram da Igreja”, disse à Folha.

O caso corre sob sigilo judicial, mas o jornal descobriu que os ex-coroinhas contaram que tinham entre 11 e 17 anos quando o suposto assédio aconteceu.

O advogado do padre, Paulo Henrique de Moraes Sarmento, diz que ele e o cliente não tiveram acesso aos depoimentos e apenas se pronunciarão “sobre tais fatos após o conhecimento dos mesmos”. Ele já havia dito que o padre repudia as acusações de assediador.

Dom Vilson

Ainda segundo a Folha, o padre Ângelo Francisco Rossi acusou dom Vilson de lhe pedir R$ 50 mil para colocar armários numa das casas em seu nome que possui em Guaíra (SP). Ele era responsável pela paróquia de Santo Antonio entre 2009 e 2013, posto que cederia a Leandro.

O padre, aposentado por motivos de saúde, afirmou em depoimento à polícia que negou o pedido de seu superior.

Inconformado, dom Vilson teria, segundo padre Ângelo, pedido então R$ 150 mil —dessa vez, alegando que usaria o dinheiro para uma obra na diocese. De novo, ouviu “não” do padre.

A Diocese de Limeira diz que, por enquanto, não se manifestará sobre as denúncias.
As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
 Informações: jornal Folha de S. Paulo.
Via: Yahoo
Post: G. Gomes
Canal: www.deljipa.blogspot.com.br

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