Os
estudos clínicos com a vacina de Oxford, do Reino Unido, já podem ser
retomados no Brasil. A decisão da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) garante segurança aos voluntários que queiram
participar do experimento. Os testes haviam sido suspensos após a
notícia de que uma voluntária, no exterior, teria tido reação ao
produto, o que foi descartado.
O diretor presidente substituto da
Anvisa, Antonio Barra Torres, explicou que houve uma análise técnica das
informações prestadas pelo laboratório AstraZeneca, da Universidade de
Oxford e da autoridade regulatória do Reino Unido. “O estudo do comitê
independente apontou que não havia nexo causal entre o citado evento e a
vacina que foi aplicada no voluntário. Motivo pelo qual, então, foi
possível autorizar a retomada dos testes em território nacional
garantindo a segurança dos nossos voluntários”.
A Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp), que coordena os testes clínicos da vacina no Brasil por meio
do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie/Unifesp),
informou que todos os centros participantes do estudo no País retomaram a
aplicação do medicamento nos voluntários nesta semana. A vacina está na
fase 3 dos ensaios clínicos, que é a etapa mais avançada da análise de
eficácia.
De acordo com a Unifesp, cinco mil
voluntários, ao todo, podem participar dos testes. A maioria, 4,6 mil,
já foi vacinada e não apresentou registro de intercorrências graves de
saúde. A Anvisa segue acompanhando eventuais efeitos colaterais
resultantes da aplicação da vacina.
Para o diretor da Agência, a suspensão
dos testes foi uma atitude de transparência para assegurar a segurança
ao processo. “A pausa nos testes na vacina Oxford no Brasil e a decisão
de retomá-los é uma prova de transparência. No nosso entendimento,
essa transparência é um dos fatores que fazem com que os voluntários
testadores no Brasil se sintam seguros e possamos prosseguir em busca de
plataformas vacinais eficazes com qualidade e segurança”, afirmou.
Produção de vacinas
No final de julho, a Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), do Ministério da Saúde, e a AstraZeneca assinaram um
documento que dará base para o acordo entre os laboratórios sobre a
transferência de tecnologia e a produção da vacina contra a Covid-19,
caso seja comprovada a sua eficácia e segurança. O acordo entre Fiocruz e
AstraZenecA é resultado da cooperação entre os governos brasileiro e
britânico, anunciado em 27 de junho.
No dia 6 de agosto, o Presidente Jair
Bolsonaro assinou uma medida provisória que abre crédito extraordinário
de R$ 1,9 bilhão para viabilizar a produção e aquisição das 100 milhões
de doses da vacina.
De acordo com o Ministério da Saúde, a
expectativa é de que o Brasil se torne autossuficiente na produção
integral da vacina já no segundo semestre de 2021.
O Brasil possui, atualmente, quatro
vacinas em teste contra o coronavírus, incluindo a produzida em Oxford.
Segundo a Anvisa, elas contam com 22 mil voluntários brasileiros,
distribuídos entre os seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio
Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná, Distrito Federal, Bahia e Rio
Grande do Norte.
Informações: Anvisa
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTE E COMPARTILHE. OBRIGADO!