Num dia de alívio no mercado financeiro, o
dólar caiu nesta quinta-feira dia13 de Junho de 2024 para abaixo de R$ 5,40 após
declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dos ministros da
Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, sobre o
comprometimento com o ajuste fiscal. O clima positivo, no entanto, não
se estendeu à Bolsa de Valores (B3), que caiu pela segunda vez
consecutiva e permanece no menor nível em sete meses.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a
R$ 5,367, com queda de R$ 0,04 (-0,73%). A cotação operou próxima da
estabilidade durante a manhã, mas recuou após as 11h15, quando Haddad e Tebet deram entrevista em que se comprometeram a apresentar um plano de revisão de gastos públicos.
Durante a tarde, a cotação continuou a cair, até se consolidar no nível de R$ 5,36 na hora final de negociação. A divisa acumula alta de 2,25% em junho e de 10,59% em 2024.
O mercado de ações teve um dia mais volátil. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 119.777 pontos, com leve queda de 0,13%. O indicador oscilou bastante, chegando a cair 0,64% às 12h16, recuperou-se durante a tarde, chegando a operar acima dos 120 mil pontos, mas não manteve o patamar.
Turbulências
Nos últimos dias, o mercado financeiro enfrentou turbulências internas e externas. No plano internacional, os investidores ainda digerem o comunicado do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que apontou que a autoridade monetária da maior economia do planeta só fará um corte de 0,25 ponto percentual nos juros neste ano. Parte do mercado ainda acreditava na possibilidade de duas reduções em 2024.
No entanto, os fatores internos têm pesado mais nos últimos dias. Após a devolução pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
da medida provisória que limita as compensações do Programa de
Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins), o mercado financeiro passou a pressionar por
uma agenda de corte de gastos.
Antes da entrevista de Haddad e de Tebet, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou apoio à equipe econômica. Em viagem para a Suíça, o presidente reiterou que não haverá impacto sobre as contas públicas, porque uma liminar do Supremo Tribunal Federal determinou a reoneração da folha de pagamento a 17 setores da economia e a pequenos municípios, caso o governo e o Congresso não cheguem a um acordo para compensar o benefício.
“Agora, você tem uma decisão da Suprema Corte que vai acontecer. Se em 45 dias não houver um acordo sobre compensação, o que vai acontecer? Vai acabar a desoneração, que era o que eu queria, por isso que eu vetei naquela época. A bola não está mais na mão do Haddad; a bola está na mão do Senado e na mão dos empresários”, declarou o presidente.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: ebc
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