Num
dia de nervosismo no mercado doméstico e internacional, o dólar
ultrapassou R$ 5,40 pela primeira vez desde janeiro de 2023. A bolsa
teve forte queda e chegou ao menor nível em sete meses.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira
dia 12 de Junho de 2024 vendido a R$ 5,407, com alta de R$ 0,046 (+0,86%). A cotação
chegou a iniciar o dia em queda, caindo para R$ 5,34 nos primeiros
minutos de negociação, mas passou a disparar após discurso do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva sobre gastos públicos.
Durante a tarde, a cotação chegou a desacelerar para R$ 5,36, mas voltou a subir após o resultado da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano). No maior valor desde 4 de janeiro de 2023, o dólar acumula alta de 3,01% apenas em junho e de 11,42% em 2024.
No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 119.936 pontos, com recuo de 1,4%. O indicador está no menor patamar desde 9 de novembro do ano passado.
Tanto fatores internos como externos contribuíram para o nervosismo. No Brasil, a devolução da medida provisória que pretendia limitar a compensação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) provocou dúvidas sobre como o Poder Executivo e o Congresso conseguirão levantar cerca de R$ 26,3 bilhões para fechar as contas em 2024.
Nesta manhã, o presidente Lula fez um
discurso em que prometeu equilíbrio fiscal. “Estamos arrumando a casa e
colocando as contas públicas em ordem para assegurar equilíbrio fiscal. O
aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão a redução
do deficit sem comprometer a capacidade de investimento público”, disse o
presidente. A fala foi mal recebida pelo mercado financeiro.
No exterior, o dólar começou o dia em baixa, após a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficar em 0,16% em maio, metade da expectativa de 0,3%. Durante a tarde, o cenário mudou. Após a reunião em que manteve os juros da maior economia do planeta no maior nível em 40 anos, o Fed indicou que só deve fazer um corte de 0,25 ponto percentual antes do fim do ano, mesmo com a inflação em queda.
No exterior, o dólar começou o dia em baixa, após a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficar em 0,16% em maio, metade da expectativa de 0,3%. Durante a tarde, o cenário mudou. Após a reunião em que manteve os juros da maior economia do planeta no maior nível em 40 anos, o Fed indicou que só deve fazer um corte de 0,25 ponto percentual antes do fim do ano, mesmo com a inflação em queda.
Parte do mercado financeiro tinha esperança de que o Fed cortasse os juros básicos duas vezes, uma em setembro e outra em novembro. Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: Agência Reuters
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Informações: Agência Reuters
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