A
desvinculação do piso das aposentadorias ao salário mínimo “não passa
pela cabeça” do governo, disse nesta quarta-feira dia 12 de Junho de 2024, a ministra do
Planejamento e Orçamento, Simone Tebet. Em audiência pública na Comissão
Mista de Orçamento, ela disse que a pasta estuda a “modernização” de
benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono
salarial e o seguro-desemprego.
“Não passa pela cabeça do presidente Lula
nem da equipe econômica desvincular a aposentadoria do salário mínimo.
Estamos analisando a possibilidade de modernizar benefícios
previdenciários [não relacionados à aposentadoria] e trabalhistas”,
disse a ministra.
Tebet ressaltou que as discussões ainda estão em fase inicial e estão sendo feitas pelos técnicos da pasta, sem que nenhuma decisão tenha sido tomada.
“Acho que mexer na valorização da
aposentadoria é um equívoco. Vai tirar com uma mão e ter que dar com
outra. Temos de modernizar as demais vinculações. O BPC, o abono
salarial, como estão essas políticas públicas. A discussão está sendo
feita internamente, mas não há decisão política”, acrescentou.
Entende-se com clareza que vão mirar nesses Programas, sacrificar essa classe de beneficiários para sobrar dinheiro para o governo gastar viajando, comprando a grande mídia e comprando apoio do Congresso.
Revisão de gastos
A ministra disse que a etapa mais difícil do ajuste fiscal está começando, com a revisão de gastos. Ela própria admitiu que o espaço para medidas para aumentar a arrecadação está diminuindo.
A ministra disse que a etapa mais difícil do ajuste fiscal está começando, com a revisão de gastos. Ela própria admitiu que o espaço para medidas para aumentar a arrecadação está diminuindo.
“Como o próprio ministro Haddad falou, não temos plano B em
relação à desoneração. Isso significa que as novas fontes de receita
estão se esgotando. O lado bom disso é que vamos ter de acelerar a
esteira da revisão de gastos”, disse Tebet, confirmando que o governo gasta demais, mesmo tributando demais.
A ministra referiu-se à declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a devolução parcial da medida provisória que
pretendia limitar compensações do Programa de Integração Social (PIS) e
da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Segundo ela, agora o governo precisa “realinhar e requalificar” os
gastos públicos.
“Temos plano A, plano B, plano C e plano D na revisão de gastos, porque ela mal começou. Não é por outra razão e ninguém esconde isso, ela mal começou porque é o trabalho mais difícil de fazer, é complexo e envolve deliberação do Congresso Nacional”, justificou a ministra.
De acordo com Tebet, há três frentes de diminuição de gastos. A primeira é a fiscalização e eliminação de fraudes de programas sociais, como o Bolsa Família. A segunda é a redução de incentivos fiscais. A terceira é a modernização de despesas obrigatórias, como saúde, educação e benefícios previdenciários.
Saúde e educação
Embora o ministro Haddad tenha dito na terça-feira dia 11 de Junho de 2024, que pretende propor mudanças no formato dos pisos constitucionais da saúde e da educação, Tebet afirmou que a limitação do crescimento dos limites a 2,5% de aumento acima da inflação por ano não está em discussão. “Ninguém está dizendo que vai limitar a 2,5%”, declarou Tebet.
Embora o ministro Haddad tenha dito na terça-feira dia 11 de Junho de 2024, que pretende propor mudanças no formato dos pisos constitucionais da saúde e da educação, Tebet afirmou que a limitação do crescimento dos limites a 2,5% de aumento acima da inflação por ano não está em discussão. “Ninguém está dizendo que vai limitar a 2,5%”, declarou Tebet.
Contrariando falas de Haddad, assim ninguém se entende.
Uma eventual mudança da regra tem como objetivo evitar o colapso do novo arcabouço fiscal porque os pisos para a Saúde e a Educação cresceriam mais que os gastos discricionários (não obrigatórios) dos ministérios nos próximos anos. O próprio Tesouro Nacional estima que o espaço para as despesas livres do governo será comprimido ano a ano, até se extinguir em 2030, caso as regras para os limites mínimos de Saúde e Educação não sejam alteradas.
Post|:G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: governo Lula
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