A
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nessa
quarta-feira dia 7 de Agosto de 2024, por unanimidade, o pedido para que uma mulher fosse
autorizada a realizar um aborto após as 30 semanas de gestação, depois
de ela ter descoberto uma doença cardíaca grave no feto, que é portador
de uma alteração genética conhecida como Síndrome de Edwards.
A mulher havia pedido um habeas corpus para
que não fosse investigada criminalmente em caso de aborto. Ela requereu
que fosse aplicado a seu caso, por analogia, o mesmo entendimento do
Supremo Tribunal Federal (STF) relativo a fetos anencéfalos (com
deficiência na formação do cérebro). A defesa também argumentou risco à
vida da gestante.
O relator do caso no STJ, ministro Messod Azulay Neto, concluiu que, apesar da alta probabilidade de que a feto morra após nascer, não é impossível que a criança sobreviva, motivo pelo qual o aborto não poderia ser autorizado.
Para o relator, a mulher também não conseguiu provar estar sob risco de vida em caso de continuidade da gestação.
"Não quero menosprezar o sofrimento da paciente. Estou fazendo uma análise absolutamente técnica, considerando que o nosso ordenamento jurídico só autoriza a realização do aborto terapêutico e o resultante de estupro, além do caso particular analisado pelo STF, que é o de anencefalia”, disse o ministro.
Ele também afirmou que o STJ não poderia
inovar sobre o tema. O relator foi seguido pelos demais ministros da
Quinta Turma - Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas, Joel Ilan
Paciornik e Daniela Teixeira.
Entenda
Há mais de 12 anos, o Supremo reconheceu que, no caso de fetos anencéfalos, a realização de aborto não é crime. Uma das justificativas foi de que, nesses casos, não há expectativa de vida fora do útero. Atualmente, a legislação permite o aborto somente em caso de estupro, de risco à saúde da grávida, ou em caso de anencefalia, seguindo o precedente do Supremo. Fora dessas situações, a mulher que interromper a gravidez pode ser condenada de um a três anos de prisão e o médico, de um a quatro anos.
Entenda
Há mais de 12 anos, o Supremo reconheceu que, no caso de fetos anencéfalos, a realização de aborto não é crime. Uma das justificativas foi de que, nesses casos, não há expectativa de vida fora do útero. Atualmente, a legislação permite o aborto somente em caso de estupro, de risco à saúde da grávida, ou em caso de anencefalia, seguindo o precedente do Supremo. Fora dessas situações, a mulher que interromper a gravidez pode ser condenada de um a três anos de prisão e o médico, de um a quatro anos.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: STJ
Via: ebc
Informações: STJ
Via: ebc
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