Em dia turbulento, o dólar fechou em leve alta nesta terça-feira dia 17 de Dezembro de 2024 e bateu seu novo recorde de cotação: R$ 6,0956.
A moeda norte-americana começou o dia em forte alta, em meio à piora das expectativas sobre o pacote fiscal do governo, que aguarda votação no Congresso. Pela primeira vez, o dólar chegou à casa dos R$ 6,20.
Depois de mais duas intervenções do BC com vendas de dólares, a alta da moeda não foi revertida, mas amenizou. Com isso, o dólar voltou para a casa de R$ 6,12.
A moeda seguiu em trajetória de alta até que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que um dos textos do pacote fiscal deve ser votado ainda hoje. Somente então, o dólar conseguiu baixar da casa dos R$ 6,10.
Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 6,2065. Entenda abaixo, com mais detalhes, quais foram os acontecimentos do dia que levaram o dólar à forte turbulência vista nesta terça-feira.
A forte subida do dólar pela manhã ocorreu porque pioraram as expectativas do mercado financeiro com o desenho do pacote de cortes de gastos enviado pelo governo federal ao Congresso Nacional. A ideia é economizar R$ 70 bilhões nos próximos dois anos, e um total de R$ 375 bilhões até 2030.
O governo precisa reduzir os gastos porque tem uma meta de zerar o déficit público pelos próximos dois anos — ou seja, gastar o mesmo tanto que arrecada em 2024 e 2025. São as regras definidas pelo arcabouço fiscal, o conjunto de normas para controle das contas públicas.
O arcabouço também estipula que o governo deve começar a arrecadar mais
do que gasta a partir de 2026, para controlar o endividamento público.
Mas os investidores já não acreditam que as medidas tomadas pelo governo
até aqui tenham o potencial para conter o avanço da dívida pública no longo prazo.
O mercado tinha a expectativa de que o governo mexesse em gastos estruturais nesse pacote de corte de gastos — como a Previdência, benefícios reajustados pelo salário mínimo e os pisos de investimento em saúde e educação. Isso não aconteceu.
Segundo os analistas, essas despesas tendem a subir em velocidade acelerada e têm potencial de anular esse esforço do pacote em pouco tempo. O governo, contudo, é avesso às medidas, que mexeriam com políticas públicas e com promessas de campanha do presidente Lula.
Ainda durante a manhã, o Banco Central (BC) realizou mais duas intervenções no mercado de câmbio para reduzir a pressão do dólar sobre o real. O primeiro leilão vendeu US$ 1,2 bilhão, o segundo, US$ 2 bilhões. O movimento de forte alta não foi revertido, mas amenizou e voltou aos R$ 6,12.
O avanço só perdeu força depois que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que o plenário da Casa pretende votar, nas próximas horas, um dos textos que compõem o pacote fiscal, além do projeto de regulamentação da reforma tributária.
"Não estou garantindo a aprovação nem rejeição. Nós vamos votar, estamos discutindo, conversando, dialogando, encontrando textos para votar, mas o calendário de votação é esse", disse Lira.
Resumo da Ópera: O governo está gastando as reservas cambias para conter as altas do Dólar, porque inchou o Estado com seus militantes, porque compra apoio do Judiciário e políticos e sustenta empresário e banqueiros para se sustentar no Poder.
Parece que 6 Reais virou piso do Dólar.
Pronto. Falamos!
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: G1
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTE E COMPARTILHE. OBRIGADO!