Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do
Comércio (Icec) registrou em fevereiro queda de 2,1% na comparação com
janeiro e de 5,4% em relação a Fevereiro do ano anterior, atingindo
103,7 pontos. Ainda assim, o indicador segue acima do nível de satisfação (acima de 100 pontos).
Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC), a pesquisa evidencia o clima menos otimista no varejo diante de
um cenário econômico mais desafiador.
Segundo a entidade, o resultado é reflexo da queda de quase todos os componentes analisados, com peso maior para “condições atuais da economia”,
que caiu 6,5% na variação mensal e 18,7% no comparativo com o mesmo mês
do ano passado.
O único subíndice em crescimento foi o de “intenções de
investimento em estoque”, que subiu 0,1% nos dois cenários em
retrospecto.
“A redução da confiança é coerente com o ambiente de juros elevados e
de trajetória mais complexa do que no início de 2024. Esses fatores
seguem impactando as decisões do empresariado e exigindo cautela na
condução dos negócios nos próximos meses. É algo a ser acompanhado de
perto, já que o otimismo do setor é essencial para impulsionar os
investimentos e gerar crescimento para o país”, afirmou o presidente do
Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.
Contribuiu para o saldo negativo do Icec a retração de todos os segmentos observados, principalmente pelas lojas do varejo de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, com variação negativa mensal de 3,3%. Roupas, calçados, tecidos e acessórios recuaram 1,7%, enquanto o segmento de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos tiveram uma queda de 2,7%.
“Os comerciantes têm sentido muito o impacto da Selic alta, com a tendência de novos aumentos. A prova disso é que na percepção atual do comércio, as atividades que englobam os bens de maior valor agregado (eletroeletrônicos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos) caíram 5,3% em relação a janeiro porque são eles os mais afetados pela evolução dos juros”, disse o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com
Informações: CNC
Via: ebc
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Informações: CNC
Via: ebc
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