O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,
informou hoje dia 14 de Abril de 2021 que a Pfizer vai antecipar, para o primeiro semestre,
a entrega de 2 milhões de doses da vacina contra covid-19 para o
Brasil. O governo brasileiro tem um contrato com a farmacêutica para a
entrega 100 milhões de doses até o final do ano.

Com a antecipação, segundo Queiroga, estão
garantidos 15,5 milhões de doses da vacina da Pfizer para os meses de
abril, maio e junho. No mês passado, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o presidente da Pfizer, Albert Bourla, e pediu a antecipação dos imunizantes.
“Trago para os senhores uma boa notícia: a
antecipação de doses da vacina da Pfizer, fruto de ação direta do
presidente da República, Jair Bolsonaro, com o principal executivo da
Pfizer, que resulta em 15,5 milhões da Pfizer já no mês de abril, maio e
junho”, disse em pronunciamento após participar da segunda reunião do
Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da
Covid-19, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Também participaram da reunião e do
pronunciamento o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o deputado
federal Dr. Luizinho (PP-RJ), representando o presidente da Câmara,
Arthur Lira, e a enfermeira Francieli Fantinato, que foi anunciada por
Queiroga como secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 do
Ministério da Saúde.
Francieli é funcionária de carreira do
Ministério da Saúde e atual coordenadora do Programa Nacional de
Imunizações (PNI). “Com essa indicação, sinalizamos que o nosso objetivo
principal é fortalecer nossa campanha de vacinação”, disse Queiroga.
Imunização
De acordo com Pacheco, o cronograma de
vacinas apresentado hoje pelo ministério prevê 520 milhões de doses de
vacina em 2021, a maioria produzidas pelo Instituto Butantan (CoronaVac)
e pela Fundação Oswaldo Cruz (Oxford/AstraZeneca).
O senador pediu que o ministro atue junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para viabilizar a autorização de outros imunizantes, como a vacina russa Sputnik V, que será produzida no Brasil pela União Química.
O comitê também discutiu a utilização de
parques industriais de produção de vacina animal para produção do
imunizante contra covid-19. Segundo Pacheco, essa é uma ideia do senador
Wellington Fagundes (PL-MT) que vem sendo trabalhada pelo governo
federal. “Embora não tenha apelo de curto prazo, é uma possibilidade de
médio e longo prazo muito eficiente para a autossuficiência de vacinas
no Brasil”, disse o senador.
O deputado Dr. Luizinho apresentou ao comitê
o projeto que está em tramitação na Câmara que prevê a criação da
carteira de vacinação online. Segundo ele, a proposta é que o
Ministério da Saúde crie um aplicativo que acabe com a distorção entre
os números da vacina enviadas a estados e municípios e o número de doses
aplicadas nos cidadãos.
“O nosso sistema de informação, infelizmente
é muito ruim”, disse. “Parece que estados e municípios não estão
aplicando, quando estão”, destacou. Na primeira reunião do comitê, em
março, o presidente da Câmara, Arthur Lira, cobrou que governadores e
prefeitos melhorem a gestão da informação para transmitir com mais
precisão a quantidade de vacinas contra covid-19 que já foram ofertadas à população.
De acordo com Dr. Luizinho, entre a dose
aplicada e a dose informada no sistema há um atraso de quase 15 dias, o
que dá uma insegurança à população sobre os dados. A ideia é que, com o
aplicativo, o próprio enfermeiro ou técnico que aplica a vacina faça a
inserção da informação no ato da vacinação.
Segundo o deputado, além de corrigir as
distorções, a medida possibilitaria a criação do passaporte verde da
imunidade. A União Europeia, por exemplo, já apresentou o chamado Passaporte Covid
para facilitar as viagens na alta temporada e apoiar o setor de
turismo, que sofre dificuldades em virtude das restrições da pandemia,
da lentidão da campanha de vacinação no bloco e dos riscos que
representam as novas variantes do novo coronavírus.
Aquisição de vacinas e leitos
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco,
disse ainda que o projeto que autoriza a aquisição de vacinas pela
iniciativa privada está encontrando resistência entre os senadores.
“Estamos trabalhando no diálogo no Colégio de Líderes para avaliar a
oportunidade de pauta do projeto no Senado”, disse. Na avaliação de
alguns parlamentares, a matéria vai instituir uma fila dupla para
vacinação no país.
De acordo com a Lei nº 14.125/21, pessoas jurídicas de direito privado, como empresas, podem comprar imunizantes
para serem integralmente doadas ao Sistema Público de Saúde (SUS),
enquanto estiver em curso a vacinação dos grupos prioritários definidos
pelo Ministério da Saúde. Pelo novo projeto, que já foi aprovado na Câmara,
o setor privado poderá ficar com metade das vacinas compradas desde que
as doses sejam aplicadas gratuitamente; a outra metade deverá ser
remetida ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Durante a reunião, Pacheco também pediu ao
presidente Bolsonaro a sanção do projeto de criação do programa
Pró-Leitos, que prevê a possibilidade de empresas contratarem leitos de entidades privadas para uso do SUS
no tratamento da covid-19. Em troca, essas empresas e pessoas teriam
isenção no Imposto de Renda. O texto já foi aprovado pelas duas Casas
parlamentares.
O presidente do Senado disse ainda que vai
tratar com o governo sobre uma nova rodada de auxílio às santas casas e
hospitais filantrópicos para o enfrentamento à pandemia. No ano passado,
essas unidades, que participam de forma complementar do SUS, receberam
um total de R$ 2 bilhões da União.
Outra sugestão, apresentada pelo Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), na reunião, é a criação de um programa de
distribuição de máscaras de proteção facial para pessoas de baixa renda.
Informações: Ministério da Saúde
Post: G. Gomes
Home: www.deljipa.blogspot.com