A
Polícia Federal (PF) deflagrou hoje dia 9 de Março de 2023 a terceira fase da Operação
Ptolomeu, que apura a existência de uma organização criminosa no governo
do Acre, que seria responsável por desviar e lavar recursos de
corrupção. O caso envolve o bloqueio de R$ 120 milhões em bens dos
investigados. 

O governador do estado, Gladson Cameli, é um
dos alvos. O caso tramita em segredo de Justiça. Mais de 300 policiais
foram mobilizados para cumprir 89 mandados de busca e apreensão. Além do
Acre, as diligências são cumpridas em Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas,
Rondônia e Distrito Federal.
A operação foi autorizada pela ministra
Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A corte é a
instância judicial competente para conduzir processos que envolvem
governadores. Ela determinou também a suspensão das atividades
econômicas de 15 empresas investigadas.
Outras medidas determinadas pela ministra
incluem a suspensão do exercício da função pública, a proibição de
acesso a órgãos públicos, o impedimento de contato entre os investigados
e a proibição de se ausentar do país, com a entrega de passaportes no
prazo de 24 horas.
No caso de Cameli, além da entrega do
passaporte, foi ordenado o bloqueio de bens na ordem de R$ 10 milhões,
incluindo veículos e imóveis. Por meios eletrônicos, à fonte entrou em contato com a defesa do governador, mas até a publicação da reportagem não houve manifestação.
Em nota, o governo do Acre frisou que a
operação desta quinta-feira é uma "continuidade dos procedimentos
policiais anteriores". O texto acrescenta que o governo do Acre, "sempre
atuando com transparência e retidão, mais uma vez se coloca à
disposição das autoridades".
"Esclarecemos também que não foi solicitada
ao governador a entrega de celulares. Os documentos serão entregues
dentro do prazo solicitado pelas autoridades policiais", acrescenta a
nota.
Outras 34 pessoas estariam envolvidas no
esquema. Os nomes de todos os alvos não foram divulgados. Eles também
foram submetidos ao bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e
apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes.
A primeira e a segunda fases da Operação
Ptolomeu foram deflagradas em 2021. A terceira fase, lançada nesta
quinta-feira (9), tem o apoio de agentes da Controladoria-Geral da União
(CGU), da Procuradoria-Geral da República e da Receita Federal. Post: G. Gomes
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Informações: ebc