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18 novembro, 2018

Mark Zuckerberg pode ser indiciado na Justiça por tentar difamar o nome da Apple!

E Mark Zuckerberg pode se ver mais uma vez envolvido com a Justiça dos Estados Unidos por causa de sua empresa. Depois que o jornal The New York Times revelou que o Facebook havia contratado a empresa de relações públicas Definers para difamar o nome da Apple na mídia, quatro senadores sugerem que isso pode ter violado algumas leis do país.

Em uma carta endereçada ao CEO do Facebook, os senadores Amy Klobuchar. Mark Warner, Chris Coons e Richard Blumenthal pedem para que Zuckerberg esclareça as alegações feitas pela reportagem do Times, afirmando que eles não viram com bons olhos o fato de o CEO de uma das maiores empresas de internet do mundo contratar uma agência de relações públicas com o intuito de difamar um desafeto pessoal, e que temem que a companhia possa no futuro utilizar as informações que possuem sobre seus usuários para chantagear figuras públicas críticas à empresa ou políticos com projetos de lei que podem não ser interessantes a ela. A carta ainda relembra que essa não é a primeira vez que tanto políticos eleitos quanto o público em geral põem em dúvida a capacidade do Facebook de regular eticamente sua própria conduta.

Os quatro senadores pedem na carta que Zuckerberg responda de modo claro se contratou uma entidade para coletar informações para serem usadas contra críticos da empresa, além de quererem saber quanto dinheiro a empresa gastou nessa empreitada. Além disso, eles também perguntam se a companhia, ou qualquer outra empresa contratada ou afiliada à ela, escondeu informações, tanto do público quanto de investigadores do governo, referentes à interferência estrangeira nas eleições para presidente dos Estados Unidos ocorridas em 2016. Os senadores também estão interessados em saber se Zuckerberg estaria disposto a cooperar com uma nova investigação do Departamento de Justiça sobre relatos de que o Facebook criou um fundo de campanha para financiar, pesquisar e disseminar informações negativas na imprensa sobre críticos da companhia.

Essa preocupação existe porque, além de revelar a contratação da Definers pelo Facebook, a reportagem do Times revela que a empresa já sabia sobre o fato da Rússia estar usando a plataforma para manipular as eleições dos Estados Unidos cerca de seis meses antes da eleição, mas que não só escolheu não revelar isso para o público ou os órgãos competentes, mas também não tomou nenhuma medida para conter a manipulação. O Facebook nega as alegações, mas não fornece nenhuma prova de sua inocência, enquanto a reportagem se baseia no relato de mais de 50 funcionários da empresa à época.

Assim como no caso da manipulação, na relação do Facebook com a Definers também há contradições. Enquanto tanto Zuckerberg como Sheryl Sandberg (COO da empresa) negam que tivessem qualquer conhecimento sobre a relação da empresa com a agência Definers, e que imediatamente após descobrirem sobre o caso através da reportagem do Times já cortaram as relações com ela, o discurso da empresa foi bem diferente no passado recente.

Quando perguntados sobre essa relação alguns meses atrás, porta-vozes da empresa afirmaram que o relacionamento dela com a Definers era bem conhecido pela mídia, por conta de a empresa já ter contatado vários deles com sugestões de pautas que interessavam a ela. Ainda foi explicitado que um desses contatos sugeria que os jornalistas investigassem o fundo monetário Freedom From Facebook, na intenção de mostrar que ele não era um movimento espontâneo como estava sendo vendido até então, mas algo que estava sendo bancado por um conhecido crítico da rede social.

O Facebook ainda não emitiu nenhuma resposta para a carta dos senadores, e a falta de uma explicação muito detalhada e comprovada pela companhia para todas as alegações feitas pela reportagem do Times poderão implicar na condenação da empresa por violação de diversas leis sobre livre-concorrência e liberdade de expressão, e poderá ser o estopim que o governo precisava para criar leis que pela primeira vez iriam regulamentar as atividades do Facebook no que diz respeito à obtenção e venda dos dados de seus usuários.

Fonte: Canaltech
Por: Rafael Rodrigues da Silva
Post: G. Gomes
Canal; www.deljipa.blogspot.com.br

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