(Foto reprodução)
A Polícia Federal realiza na manhã desta 6ª feira (09/10/2018) a Operação Capitu, mais um dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Foram presos os executivos da JBS Joesley Batista e Denilton Antonio de Castro, o empresário Ricardo Saud, o deputado João Magalhães (MDB) e o vice-governador de Minas Gerais e ex-ministro da Agricultura, Antonio Andrade (MDB).
O objetivo é investigar lavagem de dinheiro e repasse ilegal de verbas no Ministério da Agricultura durante o governo Dilma Rousseff (PT). Além disso, a PF apura o envolvimento do vice-governador de MG em esquemas de corrupção.
São cumpridos 63 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão temporária em Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso. A operação é baseada na delação do doleiro Lúcio Funaro, apontado como responsável pelo repasse de propinas no MDB.
Depois de ser nomeado ministro da Agricultura, em março de 2013, Antonio Andrade teria beneficiado a JBS. Em troca, a empresa teria repassado dinheiro para o MDB, partido de Eduardo Cunha. Este, por sua vez, repassava o dinheiro para outros congressistas a fim de se tornar presidente da Câmara. Cunha foi eleito para o comando da Casa em Fevereiro de 2015 após conseguir 267 votos dos deputados contra 136 de Arlindo Chinaglia (PT-SP).
O político fluminense ficou na presidência até julho de 2016, quando renunciou ao cargo. Ele foi afastado em maio do mesmo ano pelo Supremo Tribunal Federal em ação pedida pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo o ex-PGR, Cunha estava atrapalhando as investigações da Lava Jato.
Joesley Batista é o principal acionista do grupo J&F (dono do frigorífico JBS-Friboi). Ele já havia sido preso em 10 de Setembro de 2017 junto com o empresário Ricardo Saud. Eles estavam soltos desde março de 2018, após determinação do juiz Marcus Vinícius Reis Bastos.
O nome da operação é uma referência à personagem de Machado de Assis, Capitu, que foi acusada de trair seu companheiro, Bentinho.
O outro lado
A defesa de Joesley afirma que o empresário é colaborador da Justiça e, inclusive, entregou documentos e dados para a Polícia Federal. Portanto, a prisão não seria a medida mais adequada.
Fonte: Poder360
Post: G. Gomes
Canal; www.deljipa.blogspot.com.br
Capa: encurtador.com.br/cnwB3
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